47.

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MK.

Fabiana ficou me olhando por um tempo, sua expressão não indicava com clareza o que ela estava sentindo mas eu previa chumbo grosso.

Fabiana: Na tua teoria é lindo, mas na prática a história é outra e você sabe. A gente não controla sentimento, não escolhe por quem se apaixona e muito menos deixa de gostar com facilidade. O que jogou isso aqui que a gente tem por água a baixo é eu ter que descobrir da tua vida dupla por outra pessoa. Não tô te cobrando nada, aliás quem sou eu na fila do teu harém? Mas eu acho que eu merecia um pouco mais do que isso, aliás eu mereço porque eu sempre agi na transparência contigo. Se for pra gente ficar junto, ficaremos por nós dois e não pela criança que eu tô esperando. Eu não preciso de esmolas, nem sua e nem de ninguém. E por hora, é melhor não misturar as coisas. – ela soltou a minha mão.

MK: Tu vai jogar a nossa vida pela janela como se não fosse nada? É inacreditável. – neguei com a cabeça.

Fabiana: Eu não tenho dom pra birra e nem me faço de vítima, mas tenha senso e olha pra tudo que aconteceu entre nós dois. Se fosse o contrário nem essa conversa existiria, eu tenho certeza. Não tô negando e nem dizendo que não pode acontecer, mas se realmente for por nós dois e não por outra pessoa ou porque alguém te disse pra fazer isso. – disse calma – Um dia tu vai me agradecer por isso. Eu tenho certeza.

MK: Não vou render pra tu a vida inteira não, Fabiana. Tô aqui igual um otário, te dando meu papo de sujeito homem e tu fazendo a difícil. Tu não quer né? Então paciência, pô. Mas experimenta me tirar de trouxa aí pra tu ver. – me levantei – Não pensa tu que eu vou ficar longe, que eu não vou não, certo? Faço questão de acompanhar a vida do meu filho de pertinho. Se liga na tua responsa, meu papo tá dado e é melhor tu abraçar. – alertei.

Eu aqui dando maior condição e ela fica nessa? Tem problema não. Tomar no cu, porra.

Fabiana: Tá me ameaçando? – arqueou a sobrancelha – Eu não tenho medo de você.

MK: Experimenta pra tu ver. – pisquei.

Dei as costas pra ela e deixei ela lá no quarto. Eu vou falar, gosto dela pra caralho mas é aquela, não vou render homenagem pra ninguém não. Cada cabeça uma sentença, não é mermo?

Marquei um dez ali com o pessoal, belisquei uns salgados, me despedi dos povo todo, inclusive da Gabi, peguei a Yasmim e fui embora pra Olaria. Tava com a mente cheia, não vou negar.

MK: Chegamo, princesa do pai. – beijei a testa da herdeira.

Yasmim: Ô pai, vamo assistir um pouco comigo? – ela me olhou – Por favor, papai. – pediu manhosa.

MK: Tá bom, bora, desce aí. – destravei as portas do carro e tirei o cinto dela.

É, pelo menos alguém queria a minha companhia.

Yasmim me venceu pelo cansaço e decidi fazer o gosto dela. Botei a arma na cintura e desci do carro. Apertei a campainha umas duas vezes até a Clara vir abrir.

Clara: Gatinha da mamãe. – disse olhando pra Yasmin e pegou a mesma no colo – Se divertiu?

Yasmim: Aham, papai vai ser dindo de uma menina, né pai? – me olhou e eu assenti.

Clara: Que legal. – sorriu – Vai entrar, MK? – me olhou de cima a baixo.

MK: Óbvio que vou, por que?

Clara: Nada, ué. Não tô te impedindo... – deu de ombros e foi entrando com a Yasmim.

A filha da puta tava com um shortinho daqueles bem pequeno e pra disfarçar tava com uma blusa mais larga, mas aquelas que apertava bem a região de seus seios. Eu tava tomado de raiva e ia descontar era nessa filha da puta mermo.

Vai vendo.

Clara levou ela pra tomar um banho porque a pretinha do pai tava suada de tanto correr, quando ela desceu a gente maratonou Barbie, Polly e vários caralho lá de desenho que ela quis até pegar no sono deitada em cima de mim. Foi um show de risos a parte, mais brincalhona que ela não tinha.

Yasmim tava cada dia mais a minha cara, até o meu jeitinho de dormir ela tem. A mania de dormir segurando em alguma coisa. Quando dormia com a maldita, segurava no cabelo dela e na cintura. Já a Yasmim estava segurada na minha corrente.

Com jeitinho me sentei e ajeitei ela no meu colo.

Clara: Yasmin dormiu foi? – veio da cozinha bebendo água.

MK: Foi. Abre lá a porta do quarto dela, vou colocar ela na cama. – ordenei tranquilão.

Clara: Tá. – deu de ombros.

Me levantei do sofá de uma vez só, subi pro quarto da Yasmim, a deitei na cama, dei um beijo em sua testa e a cobri. A Clara ligou o ar e eu deixei o abajur ligado porque a Yasmim tem medo de escuro.

É, até que eu tava me saindo bem nesse papo de ser pai, inclusive tô cada vez mais envolvido.

Clara: Tu deve tá com fome, vai querer jantar? – me olhou e saiu andando.

Segui ela e essa foi a deixa.

Quando eu encostei a porta do quarto da Yasmim, eu puxei a Clara pelos cabelos, a virei pra mim e ali mesmo nós começamos a nos beijar.

Só me veio a porra da Fabiana na cabeça.

Que inferno de mulher.

Mas eu não dei mole não, joguei a Clara no sofá e transei com ela ali mesmo. A filha da puta ainda trouxe um baseado e nós ainda fez sexo de novo, dessa vez na onda, parada de outro mundo.

Clara: Vou esquentar comida pra tu. – se aproximou de mim enrolada na toalha e deslizou sua mão pelo meu peito – Tava com saudade de você. – sussurrou no meu ouvido.

MK: Uhum, tô ligado. – alisei o rosto dela sem muita delicadeza e continuei vestindo minha bermuda.

Clara: Tu não mudou nada, continua mais gostoso. – sentou no meu colo e beijou meu pescoço.

Fingi que acreditei e só concordei com a cabeça. Clara levantou do meu colo e desceu pra cozinha. Eu respirei fundo e fiquei pensando na merda que tinha acabado de fazer.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora