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MK.

Encontrar a Fabiana da maneira que eu encontrei me deu um impacto e fez eu me sentir um verdadeiro merda, mermão. Eu demorei pra invadir e a consequência de ouvir o Marreta tá aqui na minha frente.

Fabiana apagou nos meus braços e eu já fiquei logo nervoso. Tratei de colocar ela na cama de novo, tirei minha camisa e com maior cuidado do mundo lutei pra vestir nela pra não piorar a situação e machucar ela ainda mais.

Marreta: Puta que pariu, moleque. – disse quando viu o estado que ela estava.

MK: Fabiana e Gabriela precisam sair daqui agora. – olhei pra ele.

Marreta: Vai ser foda, mas a gente já viu isso aí, tem dois já pra tirar elas daqui de dentro antes dos cara do resto da Coréia brotar aqui.

MK: Que se foda esses puto da Coréia, irmão. Estoura esse cadeado aqui. – virei a Fabiana que ainda estava acorrentada.

Marreta: Como?

MK: Fazendo mágica, óbvio que é na bala né. – falei nervoso.

Marreta: Arriscado.

MK: Puta que pariu. – cocei a cabeça puto – Eu assumo a responsabilidade, bora.

Marreta: Já é.

Foi outra luta pra conseguir estourar aquele cadeado sem machucar a Fabiana. A sorte é que ele era grande e de primeira o troço se destruiu.

Formiga: Gabriela já tá no carro. – entrou – Tem muito tempo não, ela tem que sair agora.

Peguei ela no colo de novo, desci as escadas e como previsto o carro já estava na porta, Marreta abriu a porta e eu coloquei ela no banco de trás. Ao colocar ela lá dentro, puxei o único anel que ainda tinha em sua mão quando me lembrei da sua insistência.

MK: Cuidado com a minha mulher, se acontecer alguma coisa com ela eu passo vocês. – falei nervoso – Cuida dela, Gabi!

Fechei a porta antes mesmo que a Gabi respondesse alguma coisa, nem ela estava entendendo o que estava acontecendo, tenho certeza.

Por uns minutos eu olhei aquele anel e quando eu levantei a tampa que era disfarçada com um desenho de leão, vi o porque, tinha algum tipo de veneno em pó.

O que ela não contava é que ela não ia ter oportunidade pra isso. Mas esse prazer eu ia dar pra ela, sem sombra de dúvida.

MK: Reboca esse filho da puta daqui, Fiel, joga ele na caçamba da Hilux. Que ele vai ter o que ele merece depois. – falei quando vi o Fiel arrastando o Coronel pra fora.

O mesmo estava baleado na coxa e na panturrilha e acorrentado com a corrente que ele usou pra acorrentar os pés da Fabiana.

Guto: A família da Fabiana tá indo pro hospital. – voltou pra perto de mim – Juninho correu, moleque.

MK: Desse filho da puta eu cuido depois, vou caçar ele até no inferno. – respirei fundo.

O barulho de rajadão era notável de longe, descemos pro miolo e já estava naquele cenário de guerra. O filho da puta tinha trago meu novo arsenal pra cá e até facilitou a minha vida, atravessei o meu fuzil no peito e fiz o sinal da cruz.

MK: Quero geral vivo, hein porra. – falei pra eles – Vão pagar caro por ter tocado em quem não era pra tocar.

Fiel: COMPLEXO DO ALEMÃO E PENHA NESSA PORRA, VAI TOMAR NO CU, TCP É O CARALHO. É A TROPA DO MK E DO MARRETA, É O COMANDO. – gritou a plenos pulmões.

Caímo pra dentro do problema, parceiro. E eu só ia sair daqui quando eu deixasse esses cuzão tudo morto, ou pelo menos a maioria.

Eles tão pensando que cento e poucos fuzil é muita coisa? Então vão aprender hoje que a continha deles não bate pra força bélica da conexão Alemão e Penha.

Quem tem dó é violão.

[...]

Marreta: O 16 tá subindo, MK. – me alertou.

MK: Hora de meter o pé. – dei risada.

Toda vez que alguém do CV invadia aqui, ou até mesmo do ADA e eles não davam conta do recado, eles acionava a porra do 16 pra vim expulsar a gente e agora já não era diferente.

Marreta: Tá ficando doido, porra? O que a gente tem que fazer é recuar e se esconder.

MK: Ainda é o cachorro que mija no poste e não o contrário. Bora mermão, agiliza aí que nós vamo meter o pé. Eu só vim buscar a minha mulher, a Gabriela e o meu lança míssil. Que se foda o resto. – ordenei.

Marreta: Tu é foda. – me olhou puto.

Não tinha o que fazer e eu não ia ficar aqui dentro pra ser cercado. Com o ódio do 16 e sabendo que eu estava aqui, eles iam me caçar até no inferno e eu não ia ficar pra esperar. Bati as ordens pros meus soldados e fomos pra parte por onde chegamos.

Eu havia vindo de moto e ia voltar nela.

Esperei os moleque arrancar com os carros lá pra VK e fui entre eles na moto. Tava quase passando batido, do nada brotou cinco carros da PM atrás de nós.

Claro que vieram buscar o Coronel. Ele pagava caro pra ter proteção dos filho da puta, então era hora de me expor e saí da proteção dos carros e avancei fazendo eles virem cegos atrás de mim. Quando dei por mim tava na pista, mas eu não podia voltar pro Alemão, pelo menos não agora.

Caveirinha me devia muitos favores pois eu dei principalmente contatos bons e infelizmente eu ia ter que cobrar um deles, atraindo visita surpresa pra dentro pro Rodo. Eu passei a mais de mil na entrada, quando os moleque viu os cana começou o rajadão de novo.

[...]

Caveirinha: Tá maluco, parceiro? Tá fazendo o que aqui? – me puxou pra dentro de uma casa entocada.

MK: Eu vim cobrar esse filho da puta do Coronel no Rebu. Ele sequestrou a Gabriela e ainda atraiu a Fabiana pra lá, eu não ia deixar. Os cara não aguenta com a gente, chamou o 16 pra expulsar né, o resultado tá aí. – respirei fundo.

Caveirinha: Tu vai se perder por causa dessa mulher, mano. Ó as coisa que tu arruma por causa dela. – alertou – Nem com a Clara tu era assim.

MK: Se eu não tirasse ela de lá de dentro, eu não ia me perdoar. E outra, o amigo ia cobrar porque ela é afilhada dele. – avivei a mente do mesmo.

Caveirinha: Tava até esquecido que ela é a intocada. – ironizou.

MK: Mais respeito com ela. – fechei a cara e ele concordou com a cabeça.

Vai pensando que isso aqui é bagunça.

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