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MK.

A noite chegou e com ela a minha coragem.

Fiz minha oração junto com a pretinha e nos juntamos com os outros por dentro da mata que me levaria direto pro Alemão, só tendo que passar pela Penha e encontrar com o restante.

Quando eu cheguei no Alemão, não tinha segurança por aqui. O que é uma maravilha pra mim e um erro absurdo dele, pois o meu ataque começaria de cima pra baixo e de baixo pra cima deixando o filho da puta sem saída.

MK: Vocês descem e só saiam quando a gente estiver tomando conta. Clara é esperta, mas é arrogante e não vai se dar o trabalho de sair de casa. – falei pra Fabiana e pras outras – Jaque tu já conhece o caminho. Presta atenção em tudo! Eu vou dar o toque pra vocês.

Jaqueline: Pode deixar, maninho. A gente não vai falhar! – apertou na minha mão e me abraçou – Nosso pai vai ajudar a gente nessa.

Fabiana: Se cuida pretinho! Não quero você baleado, não quero você morto... Eu ainda quero me casar contigo. – pretinha disse no meu ouvido e me deu um beijo na testa – Te amo.

MK: Eu também te amo, cuidado. – a soltei e fiz o sinal da cruz em sua testa e ela fez o mesmo na minha e saiu.

Estávamos onde estávamos próximo à casa que eu usaria pra dar fuga se um dia eu não tivesse outra opção a não ser correr ou me entregar. Fabiana e as meninas acompanhadas de uns quatro seguranças desceram pra lá e pelo túnel ia parar direto na minha casa.

Onde a Clara estava amalocada.

Bati um rádio pro Oliveira avisando que eu já estava no alto do morro e que era pra dar o toque pros caras lá do Baiana também. Eu não ia dar brecha pra ele correr pra lá.

MK: Pronto, já estão cientes. Daqui a pouco o tiro vai comer pra caralho. – avisei pros caras.

Eu conferi minhas duas pistolas e as coloquei na cintura e cobri com a camisa. Peguei minha AR10 e desci escoltado por mais sete homens muito bem armados de AK-47. Uma parte boa correu e em questão de poucos minutos já era bem audível o rajadão e os fogos pro alto avisando o que todo mundo já sabia: Eu estava infiltrado no morro igual vírus em corpo humano.

Guto: Acho bom o Juninho tá pesado o suficiente pra enfrentar a gente, se não eu vou ficar muito bolado. – falou olhando a munição na pistola.

MK: Tu acha? – ri – Aquilo ali aprendeu a traficar com o irmão, bom, onde é que o Carlo tá hoje né? Que pena.

Marreta: Isso é real. – disse com ar de riso.

Dei as caras dentro do morro e atirando em quem vinha pela minha frente, Barão já tinha descido com outra parte que ia cercar a boca central.

Se é que aquele filho da puta está lá mesmo.

Meu rádio apitava com os caras dando a visão de como estava no miolo e eu estava cada vez mais satisfeito. Me entoquei num beco e fiquei só derrubando verme que passava pra lá e pra cá. Mas aquilo estava me deixando entediado num nível que só Deus explica.

Botei minha cara pra jogo com os irmão, até agora nem sinal do Juninho. Rato é foda né? Deve tá correndo embaixo da cama igual o irmão dele tentou correr de mim em Bangu.

DO JEITO QUE A VIDA QUER.Onde histórias criam vida. Descubra agora