07.

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FABIANA.

Diana: Custa tu vim almoçar com a sua irmã, sua desnaturada? Aproveita que Gabriela hoje sai mais tarde da escola. – choramingou pela milésima vez por ligação.

Fabiana: Tu quer alguma coisa, fala logo, não tenho o dia todo. – bufei.

Maior movimento na loja, uma correria danada em plena segunda-feira e Diana me perturbando pra ir pra lá.

Diana: Tu aqui. – falou bolada – Se tu não vier, esquece que tem irmã, sua mandada.

Odiava esse terror psicológico que a Diana metia em mim quando queria muito alguma coisa.

Fabiana: Tá bom, porra. Bota meu prato na mesa que eu vou comer aí. – revirei os meus olhos.

Diana: EBA! – gritou.

Fabiana: Tchau Diana, tchau.

Diana: Vai se fuder, te amo irmã.

Desliguei porque se não ela não ia me largar mais.

Fui arrumar o estoque enquanto as meninas atendiam as clientes, papo que hoje estava saindo bastante moda de praia.

Principalmente biquínis.

E eu não gosto, eu amo. É a prosperidade que eu tanto pedi a Deus.

Só gratidão.

O movimento tinha diminuído na hora do almoço, então eu poderia sair mais tranquila.

Fabiana: Eu acho que hoje eu não volto mais na parte da tarde, vocês seguram as pontas? – olhei pras meninas.

Ketelin: Claro, chefinha, vai descansar que o fim de semana foi bolado. – riu.

Júlia: O movimento tá tranquilo agora, pode ir em paz. Qualquer coisa, a gente te liga. – me entregou um relatório mensal.

Fabiana: Valeu. – sorri e guardei o relatório na bolsa – Até outra hora, bebês.

— Até! – disseram juntas.

Saí da loja, entrei no meu carro e voei pro Alemão. Tava com uma fome do caralho e calor também. Ainda estava com a roupa da academia, é mole?

Vida de mãe e empresária não é fácil.

Fiz o mesmo processo quando cheguei no pé do morro de me identificar, o menino me liberou e eu fui devagar pra casa da Diana.

Parei o carro na frente da casa dela, peguei minha bolsa e desci do carro. O portão estava destrancado, não pensei duas vezes, entrei bem plena.

Fabiana: Piranha! – gritei da sala.

O cheiro de sua comida estava tomando conta da sala. Babava muito na comida da minha irmã.

Diana: Vem aqui, putona. – gritou da cozinha.

Eu que não sou trouxa e nem nada, fui invadindo a casa dela mesmo. Ela estava mexendo uma panela, soltei minha bolsa em cima da mesa e abracei ela por trás.

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