FABIANA.
Diana: Custa tu vim almoçar com a sua irmã, sua desnaturada? Aproveita que Gabriela hoje sai mais tarde da escola. – choramingou pela milésima vez por ligação.
Fabiana: Tu quer alguma coisa, fala logo, não tenho o dia todo. – bufei.
Maior movimento na loja, uma correria danada em plena segunda-feira e Diana me perturbando pra ir pra lá.
Diana: Tu aqui. – falou bolada – Se tu não vier, esquece que tem irmã, sua mandada.
Odiava esse terror psicológico que a Diana metia em mim quando queria muito alguma coisa.
Fabiana: Tá bom, porra. Bota meu prato na mesa que eu vou comer aí. – revirei os meus olhos.
Diana: EBA! – gritou.
Fabiana: Tchau Diana, tchau.
Diana: Vai se fuder, te amo irmã.
Desliguei porque se não ela não ia me largar mais.
Fui arrumar o estoque enquanto as meninas atendiam as clientes, papo que hoje estava saindo bastante moda de praia.
Principalmente biquínis.
E eu não gosto, eu amo. É a prosperidade que eu tanto pedi a Deus.
Só gratidão.
O movimento tinha diminuído na hora do almoço, então eu poderia sair mais tranquila.
Fabiana: Eu acho que hoje eu não volto mais na parte da tarde, vocês seguram as pontas? – olhei pras meninas.
Ketelin: Claro, chefinha, vai descansar que o fim de semana foi bolado. – riu.
Júlia: O movimento tá tranquilo agora, pode ir em paz. Qualquer coisa, a gente te liga. – me entregou um relatório mensal.
Fabiana: Valeu. – sorri e guardei o relatório na bolsa – Até outra hora, bebês.
— Até! – disseram juntas.
Saí da loja, entrei no meu carro e voei pro Alemão. Tava com uma fome do caralho e calor também. Ainda estava com a roupa da academia, é mole?
Vida de mãe e empresária não é fácil.
Fiz o mesmo processo quando cheguei no pé do morro de me identificar, o menino me liberou e eu fui devagar pra casa da Diana.
Parei o carro na frente da casa dela, peguei minha bolsa e desci do carro. O portão estava destrancado, não pensei duas vezes, entrei bem plena.
Fabiana: Piranha! – gritei da sala.
O cheiro de sua comida estava tomando conta da sala. Babava muito na comida da minha irmã.
Diana: Vem aqui, putona. – gritou da cozinha.
Eu que não sou trouxa e nem nada, fui invadindo a casa dela mesmo. Ela estava mexendo uma panela, soltei minha bolsa em cima da mesa e abracei ela por trás.
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DO JEITO QUE A VIDA QUER.
FanfictionNinguém sabe a mágoa que trago no peito Quem me vê sorrir desse jeito Nem sequer sabe a minha solidão É que meu samba me ajuda na vida Minha dor vai passando esquecida Vou vivendo essa vida Do jeito que ela me levar... História de Fabiana & Murilo.