MK.
Eu nem sei explicar a parada que eu senti quando eu vi meu filho dormindo tranquilo no colo da minha sogra. Era bagulho de outro mundo, ele era lindão, parecia comigo mas a boca em especial era idêntico a da Fabiana.
Adriana: Toma que o filho é teu. - disse se aproximando de mim.
MK: Eu tô sujo, fedendo a presídio e os caralho a quatro. - me afastei um pouco.
Adriana: Ele tá enrolado e rapidinho não vai fazer mal, te garanto. Depois eu ponho outro lençol nele e ponho esse pra lavar. - ela se aproximou um pouco mais de mim e eu mesmo sem jeito peguei o moleque.
MK: Porra moleque, tá pesado hein. - falei baixinho né e o safado fez ar de riso - Safado ele né? Ó lá sorrindo.
Diana: Um safado reconhece o outro. - disse chegando próximo a mim e me cumprimentando.
MK: Respeita pô, é o meu herdeiro. - sorri igual um idiota - Minha ligação eterna com a pretinha.
Eu tô ligado que não se deve dar beijo em bebê, mas um único beijo nos cabelo do moleque não faria mal. E isso eu fiz, dei um beijo e um cheiro em seus cabelos.
MK: Papai vai tá sempre contigo, te prometo. - falei baixinho - Pega ele aqui e depois que eu tomar banho eu pego ele de novo. - entreguei ele pra dona Adriana de novo - Tá vindo de onde? - olhei pra Diana.
Diana: Do hospital. - disse meio desanimada.
MK: Como é que tá a pretinha? - a encarei.
Diana: Não vou mentir pra tu não, segundo os médicos ela não vai resistir mais uma semana. Vão desligar os aparelhos e só estão esperando a mãe ir lá e assinar a autorização. Já que ela é quem responde diretamente pela Fabiana. - disse quase chorando.
Balancei a cabeça negativamente, olhei pro lado e eu vi a dona Adriana mudar o semblante e as lágrimas caírem do seu rosto.
MK: Não vão desligar aparelho nenhum, tão maluco? Enquanto o coração dela continuar batendo ninguém vai encostar um dedo naquela porra pra desligarem. - quase gritei, mas abaixei o tom por causa do moleque que tava dormindo.
Diana: Acha mesmo que eu queria permitir isso? Mas já não é mais uma decisão nossa. Agora são eles e vão desligar amanhã. - disse chorando - Eu já liguei pra uma das enfermeiras e na hora da visita, a gente vai te vestir de enfermeiro pra tu poder ver ela. Porque se tu for assim de cara limpa, pode ser que tu seja denunciado e levado de novo. - respirou fundo.
MK: Eu quero ver ela agora. - falei bolado.
Diana: Agora não é possível, mas amanhã de certeza tu vai ver e vamo ter que levar a Gabriela pra ver a mãe dela também. Que dor, meu Deus do céu. - passou a mão no rosto e começou a chorar.
O Barão se aproximou dela e a abraçou e eu fui atrás de quem eu ainda não tinha visto desde que eu cheguei:
Gabriela.
Entrei pela casa e ela estava deitada, toda tristinha e ao seu lado tinha um porta retrato com a foto dela com a pretinha.
Na foto, Fabiana estava linda e estava sorrindo.
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DO JEITO QUE A VIDA QUER.
FanfictionNinguém sabe a mágoa que trago no peito Quem me vê sorrir desse jeito Nem sequer sabe a minha solidão É que meu samba me ajuda na vida Minha dor vai passando esquecida Vou vivendo essa vida Do jeito que ela me levar... História de Fabiana & Murilo.