Hero's shadow (Tradução)

capítulo 33 - Cumplicidade

Visitar as crianças em orfanatos próximos costumava ser uma das coisas favoritas de Hizashi quando estava de folga.

Entre ser professor, apresentador de programa de rádio e herói profissional, ele não tem muito tempo para si mesmo. Mas mesmo com as horas insanas que trabalha e as patrulhas que ocasionalmente faz nos fins de semana, ele sempre faz questão de sobrar um tempinho para os pequenos nos orfanatos.

Hizashi adora crianças. Ele sempre teve uma queda por eles e gosta de pensar que é uma figura bastante simpática entre eles. As crianças parecem gostar de sua personalidade e voz otimistas, e não se encolhem ou choram quando o veem, o que é honestamente mais do que ele esperava quando se formou no ensino médio. Mesmo a maioria dos adultos não liga para sua voz alta, então certamente foi uma surpresa para ele quando ele fez sua estréia como herói.

As crianças são tão doces, gentis e amáveis ​​que deus, uma vez Hizashi quis adotar uma.

Ele ainda o faz, com toda a honestidade (ele não acha que parte de si mesmo irá embora completamente), mas esse desejo ingênuo dele há muito tempo foi eliminado. Hizashi se lembra de como ele sonhava em criar um filho com Shouta; sonhos maravilhosos que o encheriam de saudade e uma ponta de tristeza, pois Shouta deixou bem claro que não queria filhos.

É muito perigoso, Hizashi se lembra de seu marido dizendo a ele uma noite depois que ele finalmente criou coragem para contar a ele sobre seus sonhos. Sobre seus pensamentos sobre o futuro - sobre o futuro deles.

E é perigoso, sério. Hizashi não é estúpido. Ele sabe que, com a linha de trabalho deles, ter um bebê - seja biologicamente deles ou não - criaria uma fraqueza; pintaria um enorme alvo vermelho nas costas do ouvinte. A maioria dos vilões não hesitará em machucar uma criança se isso significar se vingar dos heróis que os prejudicaram. É lógico, como diria Shouta.

Mas mesmo com esse conhecimento pesando no fundo de sua mente, Hizashi nunca parou de visitar os orfanatos. Ele nunca deixou de querer. Ele tocava no assunto de vez em quando apenas para ver a reação de seu marido, porque Hizashi sabe que Shouta não foi totalmente sincero naquela noite. Ele conhece seu melhor amigo como conhece a palma da  própria mão, como conhece o alfabeto - de frente para trás, durante o sono e em outro idioma. Shouta também quer um filho, e isso é bastante óbvio. Pelo menos para aqueles próximos a ele.

Shouta, ao contrário da crença popular, não odeia crianças. Ele não seria um professor de outra forma, isso é certo. Ele realmente se preocupa com seus alunos, mais do que a maioria dos professores em sua posição. Isso é outra coisa que Hizashi e Shouta compartilham: esse desejo - não, necessidade de ter alguém para trazer para sua família relativamente pequena e unida. Essa necessidade de ter alguém para criar como seu.

O vínculo com as crianças nas casas serviu como uma fonte recorrente de conforto para Hizashi desde o intervalo de anos entre a morte de Oboro e seu casamento com Shouta - aquele período de tempo em que a maré de tristeza era forte e qualquer vislumbre de felicidade era reverenciado como ouro. poeira, e Hizashi e Shouta se agarravam um ao outro na esperança de superar as ondas intermináveis ​​de dor.

Mas a pequena tradição de ir visitar as crianças acabou logo após encontrar Midoriya pela segunda vez. Hizashi se lembra com clareza impressionante, como ele entrou naquela lavanderia meio adormecido, uma cesta de roupas debaixo do braço com sua mente voltando para a entrevista de celebridade que ele acabou de terminar algumas horas antes, e prontamente tropeçou no mesmo garoto que ele 'd testemunhou sendo intimidado não muito tempo antes.

Estamos apenas jogando um jogo, disse um dos pequenos gremlins, obviamente mentindo na esperança de não ser repreendido. Um jogo é apenas um jogo quando todos os participantes estão se divertindo, e é óbvio que Midoriya não estava se divertindo nem um pouco.