Capítulo 42

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Pov Clara

- A Iolanda teve um infarto... - Meu corpo se tensionou e eu senti os braços de Helena me envolverem. - Mas por sorte conseguimos reverter a situação e agora ela está bem, mas em observação. - Respirei aliviada. - O resgate dela foi muito rápido e isso ajudou bastante. Ela agora precisa ficar em repouso absoluto por uns 5 dias e seguir as medicações necessárias. Essa noite ela passa aqui, mas amanhã ela já pode voltar para casa.

- Nossa, doutor, muito obrigada de verdade. - Agradeci. - Eu posso vê-la hoje ainda? - Perguntei.

- Pode sim, só não deixe que ela faça muito esforço. - Ele falou e eu concordei.

Eu me virei para Helena e a abracei fortemente. - Obrigada, amor, muito obrigada. - Deixei que minhas lágrimas rolassem e minha namorada as secou.

- Não precisa agradecer, meu bem. - Sorriu para mim.

- Você viu o que ele disse, o resgate foi rápido, isso tudo foi graças a você. - Funguei no pescoço de Helena.

- Eu faria por qualquer pessoa meu amor. - Disse fazendo um carinho em meus cabelos. - Até tentei chamar uma ambulância mas eles fizeram umas perguntas tão bestas que eu perdi a paciência e trouxe ela por conta própria. - Ela falou. - Eu fiquei com tanto medo, amor, ver ela caída lá no chão, me deixou com muito medo mesmo.

- Eu imagino que sim, amor. - Falei. - Mas graças a Deus ela está bem agora. - Helena concordou e a enfermeira chamou meu nome.

- Clara Albuquerque é você? - Concordei. - A entrada de vocês já está liberada. - Disse e saiu.

- Vamos lá? - Chamei Helena e ela negou com a cabeça.

- Não, amor, é melhor não. A sua madrinha não é muito minha fã, você sabe. - Falou tristinha e meu coração se apertou. - Pode ir só você. - Me deu um selinho e eu fui até o quarto em que minha madrinha estava.

Abri a porta e ela estava acordada em cima da cama com alguns aparelhos em volta.

- Madrinha... - Fui até ela a abraçando com cuidado. - Que susto que a senhora me deu. Como a senhora está?

- Agora eu estou bem. - Sorriu minimamente. - Apenas com um pouco de cansaço, mas o doutor disse ser normal.

- Assim que eu soube vim correndo para cá. - Falei segurando em sua mão. - A senhora sentiu algo antes disso tudo acontecer?

- Uma fadiga, e um pouco de formigamento no braço, mas imaginei ser apenas um mal estar. - Ela falou devagar e com a voz rouca. - Só me lembro de acordar caída no chão com a... - Ela deu uma pausa e me olhou. - com a sua namorada desesperada ao meu lado.

- É, foi ela quem trouxe a senhora. - Falei.

- Eu sei, e... Onde ela está? - Perguntou um pouco sem graça.

- Ela está lá fora me esperando, achou melhor não entrar, por conta da senhora sabe o que... - Falei e ela concordou com a cabeça.

- Sei... - Falou de cabeça baixa.

- É... Eu vou ficar aqui com a senhora essa noite. - Falei mudando de assunto.

- Não precisa, minha filha, pode voltar para casa eu não quero atrapalhar você. - Ela falou.

- Que isso, madrinha, a senhora não vai me atrapalhar. - Eu falei.

- Obrigada. - Pegou em minha mão.

- Não é a mim que a senhora tem que agradecer, não é? - Falei sugestiva e ela concordou com a cabeça.

- Eu vou falar com ela. - Ela disse suspirando. - Mas não hoje.

Clarena- Uma história de amor...Onde histórias criam vida. Descubra agora