Clara vive em um relacionamento abusivo com Theo, não há mais amor no casamento deles. Mas Helena, sua personal a colocará para cima e ajudará a dona de casa a sair desse relacionamento. Porém Clara irá sentir com Helena, o que há muito tempo não se...
Tantas coisas que aconteceram até chegarmos aqui. Foram tantos obstáculos, tantas lutas, tantos choros, mas tantos sorrisos, e acima de tudo, tanto amor...
É incrível ver o quanto o tempo passa rápido, o quanto precisamos aproveitar cada dia como se fosse o último.
A virada de ano da nossa família foi linda. Na praia, da forma que amamos, eu, meus filhos, minha esposa, minha nora e meu neto que ainda está na barriga.
De frente para o mar e para os inúmeros fogos de artifício que coloriram o céu do Rio de janeiro, eu e Helena fizemos juras de amor eterno. Da mesma forma que sempre fizemos.
Eu me emocionava a cada vez que olhava em seus olhos, a cada vez que ela me olhava com aquele olhar que dizia "eu te amo". Helena sem dúvidas nenhuma foi a melhor coisa que me aconteceu nos últimos três anos.
Quem diria que alguns flertes de academia daria em um casamento? Por sinal um casamento feliz, saudável e cheio de amor. Claro que vez ou outra tínhamos algumas discussões, o que é normal numa relação onde contém duas pessoas, porém o nosso amor sempre falava mais alto e no fim da noite estávamos abraçadas, pedindo desculpas e dormíamos grudadas como sempre foi.
Aquela mulher é definitivamente o amor da minha vida e o amor que eu quero para toda a minha vida. Ela é a pessoa que me acalma, que me diz todos os dias como eu estou bonita, que me manda flores no trabalho, que faz questão de preparar o meu café da manhã todos os dias, que fala o quanto me ama, não importa a situação e que sempre está ali do meu lado.
E agora aqui olhando para ela toda concentrada enquanto procura algo no notebook, eu posso dizer que eu venci na vida.
Eu realmente venci na vida.
As vezes eu fico pensando o que eu fiz para merecer Helena, porque quem a tem na vida, tem tudo.
- Que foi? - Sua voz soou baixa, rouca e melodiosa. - Está aí voando, falei com você algumas vezes não me respondeu. - Ela disse levando a atenção até mim e sorriu minimamente.
- Não é nada, eu só estava pensando aqui em algumas coisas. - Deixei a taça do vinho que eu tomava em cima da mesinha, e me aproximei mais dela deixando vários selinhos em seus lábios a fazendo rir. - Em você, na nossa vida, na nossa família...
- Humm. - Deu um beijo em minha bochecha. - Te amo.
- Te amo também. - Falei.
- Mas agora vamos voltar aqui ao nosso assunto de antes, o que você acha desse tema aqui? - Ela perguntou virando a tela do notebook para mim e eu olhei e sorri em seguida.
- Esse é perfeito, amor, eu amei. - Respondi.
Estávamos há alguns dias resolvendo os preparativos para a festa de um aninho de Cecília.
Como assim ela já vai fazer um ano? É a pergunta que eu me faço todos os dias. O meu pinguinho está crescendo tão rápido, está ficando cada dia mais esperta. Nem parece que há onze meses atrás eu estava chorando feito uma condenada ao vê-la pela primeira vez naquele hospital, e hoje ela já estáe chamando de mama.
Vez ou outra ela ficava de pé, mas não passava disso.
- Ma-ma. - Ceci disse sentada no seu tapete enquanto brincava. - Ma-ma, ma-ma. - Ela riu.
- Eita que agora que aprendeu a falar algumas coisas está igual papagaio, né? - Eu falei e ela riu.
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