Capítulo 80

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Pov Clara

Esse já era o terceiro dia em que eu estava no hospital, pois segundo os médicos eles ainda não poderiam me dar alta devido a complexidade que foi a minha cirurgia.

E para variar eu já estava uma pilha de nervos, queria a todo custo sair logo daquele hospital e voltar para minha casa. Helena têm estado aqui praticamente o dia todo só vai embora a noite para poder ficar com Cecília. E por falar nela, eu estava morrendo de saudades do meu pinguinho. Nós achamos melhor não trazer ela para o hospital e por isso eu não estava me aguentando mais de saudades dela.

Soube que Clarice havia sido presa em flagrante, e por sinal estava vindo foragida de onde morava, pois a mesma matou o próprio marido. Eu sabia que ela era capaz de qualquer coisa, mas jamais imaginei que ela pudesse matar alguém.

E sobre o fatídico dia em que ela tentou matar a minha filha, eu não tive outra reação a não ser protegê-la com o meu próprio corpo. Na hora eu não pensei muito, apenas me joguei na frente de Ceci e rapidamente senti meu corpo ser perfurado, a dor era enorme, mas acho que seria maior ainda se algo tivesse acontecido com minha filha.

Eu achei que fosse partir dessa para melhor, mas eu jamais deixaria a minha mulher a solta aí para que outras a olhassem e desejassem, sim eu sei que eu sou um pouco psicopata. Mas se tratando de Helena, quem não seria né?

Eu não poderia ter escolhido pessoa melhor para dividir a vida comigo. Helena é a perfeição em pessoa. Ela é cuidadosa, não só de agora, mas desde lá do início, onde tudo começou. A se tirar pelo dia em que precisei de um abraço, mais especificamente o dela, e a mesma se prontificou e logo foi ao meu encontro, ou da vez que eu me machuquei em um dos treinos e ela foi um amor comigo. Também me lembro da vez que fingi ter machucado minha coxa na academia apenas para ter as mãos dela me massageando por ali. Naquela época eu já estava arriada os quatro pneus por ela, e fazia de tudo para ter um pequeno contato com ela. Eu sei, um pouco emocionada, não é? Mas quem não queria ter as mãos daquela mulher em seu corpo? Só de pensar nisso eu senti meu corpo esquentar e tentei dissipar aqueles pensamentos impuros que rodavam a minha cabeça.

- Clara, Clara, sossega... - Sussurrei para mim mesma dando um sorrisinho, e logo ouvi batidas na porta e a mesma ser aberta pela minha digníssima esposa.

- Bom dia, meu amor. - Ela falou com uma voz fofa e veio até mim me dando um abraço e um selinho. - Tudo bem?

- Bom dia, meu bem. Eu estou bem, mas poderia estar melhor se tivesse em minha casa. - Resmunguei e Helena riu.

- Clara você tem que ser paciente, se eles ainda estão te deixando aqui é porque é melhor assim. - Colocou uma mecha de meu cabelo atrás de minha orelha.

- Eu sei, mas eu já estou ótima, novinha em folha. - Falei e ela sorriu. - E estou com saudade de casa, do meu pinguinho também.

- Ela também está sentindo muito sua falta, está sendo muito difícil colocar ela para dormir a noite, ela só dormia nos seus braços. - Minha esposa disse e eu fiz um biquinho. - Mas fica calma que logo você vai estar de volta em casa.

- Você está tão gostosa. - Falei mudando de assunto e reparando na bunda avantajada de minha esposa, que estava coberta por uma calça apertada. Sorri perversa e logo senti um tapinha em minha mão que estava prestes a tocar aquela região que eu tanto amava. - Ai, amor, doeu. - Falei alisando minha mão.

- É para doer mesmo, nem no hospital você sossega, Clara, impressionante. - Disse me repreendendo e eu ri.

- É porque eu estou com muita saudade. - A puxei pelo pulso fazendo se aproximar mais de mim, e deixei alguns beijos em seu pescoço sentindo sua pele se arrepiar. Helena fechou os olhos fortemente e logo se afastou de mim.

Clarena- Uma história de amor...Onde histórias criam vida. Descubra agora