Clarena- Uma história de amor...

Capítulo 98

Pov Clara

A chegada dos gêmeos causou um grande alvoroço na família. Eram inúmeras ligações todos os dias perguntando como que eu tive dois bebês, quando apenas sabia de um.

Foi extremamente engraçado a reação dos pais de Helena quando chegaram aqui em casa e viram que tinham mais uma neta.

- Cadê o meu netinho?? - A minha sogra disse ao passar pela porta de casa.

- Oi, mãe, nós estamos bem graças a Deus, obrigada por perguntar. - Helena ironizou e Vilma riu indo até a filha a abraçando.

- Oh, meu amor, que drama é esse mamãezinha? - Eu ri jogando a cabeça para trás ao ver as bochechas de Helena ficarem vermelhas pela vergonha. - É a euforia de ver o meu netinho. Está bem, filha?

- Estou bem, dona Vilma. - Minha esposa disse dando um beijo na mãe e abraçou meu sogro que vinha logo atrás. - Oi, papai, que saudade.

- Saudades de você também, meu amor, vocês não aparecem mais lá em casa. - Seu Rogério falou.

- Ah, pai esses últimos meses foram bem corridos aqui, né amor? - Eu concordei e logo os dois se aproximaram de mim para me cumprimentar.

- E então, cadê o bebê ? - Meu sogro questionou.

- Ali no bercinho, vão lá ver a surpresa. - Os dois seguiram até o pequeno berço e se entreolharam surpresos com o que viram.

- Que? - A primeira a falar foi minha sogra. Eu e Helena rimos da cara que fizeram ao perceber que tinha mais um bebê ali.

- Dois? - Foi a vez do pai de Helena questionar.

- Gêmeos, pai, a Clara teve gêmeos. - Helena explicou com um sorriso de orelha a orelha e o casal arregalou os olhos.

- Tá brincando, né? - Vilma falou ainda sem acreditar e eu neguei com a cabeça. - Fala aonde vocês roubaram esse bebê agora.

- Mãe, claro que a gente não roubou nenhum bebê. - Eu ri. - A Clara teve gêmeos, a outra mocinha que está aí também é nossa.

- Mas como assim? - Perguntou.

- Também não sabemos como, só foi possível descobrir na hora do parto. - Eu expliquei. - Foi uma surpresa para todo mundo.

- Ah, que coisinhas mais lindas do vovô. - Meu sogro falou fazendo uma voz fofa e se agachou para ver melhor os netos.

- Eu estou pasma. - Vilma sorriu e logo levou a atenção para os bebês. - Como são lindos, meu Deus.

- Que Deus os abençoe, meus netinhos. - Me derreti com a fofura de seu Rogério.

Nós não havíamos dito nada para ninguém sobre os gêmeos, queríamos ver as expressões de surpresas de cada um.

Confesso que foram dias difíceis, eu vez ou outra me pegava chorando por pensar não estar sendo o suficiente para os meus filhos.

E o que mais me doía era quando eu dava de mamar para um e o outro cansado de esperar, dormia. Eu chorava horrores quando isso acontecia.

E então vocês me perguntam, por que não dar para os dois ao mesmo tempo?

O problema é que eu não tinha leite o suficiente em um dos seios, então não era possível alimentar os dois ao mesmo tempo.

Comecei a retirar meu leitei na bombinha, para que o outro bebê também pudesse se alimentar.