Clarena- Uma história de amor...

Capítulo 49

Pov Clara

Acordei cedo no outro dia abraçada a minha namorada feito um coala. Saímos do quarto de Rafael assim que ele pegou no sono. Eu havia escutado toda conversa dele com Helena e não consegui me segurar com suas declarações, eu fazia de tudo para preencher a ausência do pai na vida dele, e vê-lo falando aquelas coisas partiu meu coração.

Mas Helena continuou sendo perfeita, e aquela interação deles me deixou super emocionada, ver o carinho que eles tinham um com o outro me deixava extremamente feliz e realizada. Rafael estava certo, Helena fez pela gente em pouco tempo o que Theo não fez em 20 anos.

Tentei me desvenchilhar dos braços de minha namorada com muito cuidado para não acorda-la, mas foi em vão, já que ela havia acordado.

- Desculpa, amor, pode voltar a dormir, não quis te acordar. - Falei com uma voz baixa e deixei um beijo em sua testa.

- Não, meu bem, eu já vou me levantar. - Sua voz era rouca e eu sorri. - Você já vai?

- Vou me arrumar e avisar o Rafa também, creio que não irá demorar muito, será só uma rápida despedida mesmo e já irão enterrá-lo. - Falei e Helena concordou.

- Tudo bem, amor, você quer que eu vá com você? - Ela perguntou.

- Não, meu bem, não precisa, não quero que você fique lá de pé, e além do mais cemitério não é um lugar muito legal, né? Fica aqui em casa mesmo, assim que terminar eu volto rápido. - Falei e ela sorriu.

- Pode ser, mas vem rápido. - Fez um beicinho e eu lhe dei um selinho rápido.

- Não vou demorar, prometo. - Falei e me encaminhei para o banheiro para tomar banho e fazer minha higiene matinal.

Depois de pronta me despedi de Helena e sai com Rafael em direção ao cemitério.

- Está tudo bem, meu filho? - Perguntei ao perceber que ele estava quieto.

- Está sim, mãe, só estou tentando assimilar tudo que aconteceu ainda. - Ele falou olhando para frente.

- Entendi, você sabe que se precisar de alguma coisa, ou conversar, não sei, eu estou aqui, tudo bem? E bom, a Helena também, tenho certeza que ela se preocupa bastante com você. - Eu falei e ele concordou.

- Eu sei disso, mãe, obrigado. - Sorriu fraco e levou minha mão até seus lábios deixando um beijo casto.

Já no cemitério, eu coloquei meus óculos escuros e me encaminhei com Rafael para dentro da pequena capela onde estava o caixão de Theo, como seria uma despedida restrita não tinha quase ninguém, só estávamos eu, Rafa, Benjamin e Jeni, Simas e mais umas duas pessoas que acho que eram amigos do Theo.

- Meus sentimentos, Rafa. - Jeni abraçou meu filho. - Eu estou aqui se precisar, tudo bem?

- Obrigado, Jeni. - Rafa agradeceu e cumprimentou Benjamin e Simas.

- Que situação, né, Clara. - Ben começou a falar. - E a Helena como está? Está tudo bem com a filha de vocês?

- A Helena está bem, e a nossa filha também está, graças a Deus foi só o susto. - Falei e ele concordou.

- Que bom, fico feliz por isso. - Ele falou. Alguns minutos depois o padre chegou para fazer uma oração, para então enterrar Theo, e depois que ele terminou era hora de se despedir.

- Apesar de tudo eu amei você demais, Theo, fico muito triste pelo fim que a gente teve. - Ben falou e eu me aproximei junto com Rafa do caixão.

- Independente de qualquer coisa você era o meu pai, mesmo não me tratando como um filho. - Rafa falou e meu coração se apertou. - Adeus, Theo.