Aquele Idiota 2 - 92_ Shhh, anjo...

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Ayla

A noite anterior havia sido perfeita. Estar com os pais do Dylan, a Hazel e a avó dele, foi como entrar em outro mundo.

Acordei com essa leveza no coração. O calor do Dylan ainda estava no travesseiro ao meu lado, mas a cama agora estava vazia. Fiz minha rotilha, escovei meu dentes, lavei meu rosto, prendi o cabelo em um coque bagunçado e desci as escadas com um sorriso no rosto.

Quando entrei na cozinha, o aroma de café fresco me invadiu. Porém, meu olhar caiu sobre ele e meu coração falhou uma batida.

Dylan estava de costas pra mim, sem camisa, apenas com uma calça de muletom preta pendendo em seus quadris. Ele parecia distraído, mexendo em algum fogão, enquanto o sol que entrava pela janela iluminava seu corpo. Era uma visão que tirava o fôlego de qualquer uma.

O desejo surgiu dentro de mim, quente e insistente, mas dessa vez acompanhado de algo mais. Algo novo, uma certeza parecida de cada canto do meu coração. Dylan nunca seria como Marcos. Ele era tudo o que Marcos nunca foi. Respeitoso, carinhoso, seguro, e acima de tudo, ele me ama.

Respirei fundo e tomei coragem, caminhando até ele.

— Bom dia... — Minha voz soou suave, mas com um toque de provocação.

Dylan se virou, e seus olhos brilharam quando me viu.

— Bom dia, meu amor. Dormiu bem? — Ele perguntou, com aquele sorriso que sempre me deixava sem chão.

— Muito bem. — Respirei, aproximando-me mais. Meu olhar desceu pelo corpo dele, admirando cada detalhe. — Mas acho que o meu dia pode começar ainda melhor.

Ele arqueou uma sobrancelha, intrigado e claramente gostando da minha insinuação.

— É mesmo? — Perguntou, a voz baixa, rouca, enquanto eu me aproximava mais.

Meus braços rodearam o pescoço dele, e sem hesitar, colei meu corpo ao dele. A sensação da pele quente do Dylan contra a minha fez um arrepio percorrer minha espinha. Ele deixou as mãos pousarem na minha cintura, puxando-me para mais perto.

— Dylan... — Murmurei, antes de beijá-lo.

O beijo começou lento, mas logo se transformou em algo mais profundo, mais intenso. Ele segurou minha cintura com força, como se não quisesse me soltar. Sua língua explorava a minha com uma necessidade que incendiava cada parte de mim.

Senti suas mãos deslizando pelas minhas costas, apertando-me contra ele. Minhas pernas se entrelaçaram na cintura dele, enquanto eu me entregava completamente ao momento.

— Você sabe que é perigosa assim, né? — Ele murmurou contra os meus lábios, enquanto uma risada rouca escapava dele.

— Perigosa? — Repeti, arqueado uma sobrancelha.

— Você me faz perder o controle. — Disse, antes de beijar meu pescoço, deixando um rastro de calor onde seus lábios tocavam minha pele.

Ele me ergueu com facilidade, me sentando no balcão da cozinha. Suas mãos firmes estavam agora nos meus quadris, enquanto ele me olhava de uma forma que fazia meu coração acelerar.

— Dylan... — Murmurei, quase sem fôlego.

— Shhh, anjo. — Ele sussurrou, os lábios roçando os meus. — Quero te fazer esquecer o mundo agora.

Ele beijou meu pescoço novamente, descendo até a minha clavícula. Suas mãos deslizavam pelas minhas coxas, enquanto meu corpo respondia ao toque dele. Mas ele parou de repente, olhando meus olhos com seriedade.

— Amor... tem certeza? — Ele perguntou, a voz rouca, cheia de desejo, mas também de cuidado.

Eu sabia que Dylan não estava apenas perguntando sobre o momento. Ele queria ter certeza de que eu estava bem, de que isso era o que eu queria.

— Tenho. — Respondi, segurando o rosto dele entre as mãos. — Eu te amo.

E com isso, nossos lábios se encontraram novamente, com uma paixão ainda mais intensa, enquanto o mundo ao nosso redor desaparecia.
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Continua...

Aquele IdiotaOnde histórias criam vida. Descubra agora