Metamorfose Ambulante

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Eu estava feliz por termos conseguido o livro e ninguém ter precisado lutar ou correr muitos riscos, apesar de saber que isso não sigifnicava que o objeto nos ajudaria de fato. Me empolgava também o que fiz para trazer nossa banshee alfa até as ruínas, quebrando limites que me incomodavam. Chegamos de volta em Beacon Hills quase uma da tarde. Stiles e Deaton iam almoçar com a gente na casa dos McCall, mas os dois caçadores tinham coisas para resolver com suas famílias. Melissa ainda cozinhava e cuidava de Elliot, com a ajuda de Emma e todos me olharam já que não poderiam discutir assuntos sobrenaturais na presença da garota. Chamei-a até a frente da casa para dizer que precisava de privacidade e ela cruzou os braços séria, fazendo um bico de quem estava sendo rejeitada.

– Eu posso ser loira, mas não pense que não sei que estão me escondendo algo bem grande viu, chefe? – Ela agora me chamava assim quando queria me aporrinhar e não gostava de algo que eu fiz.

– Você discrimina as loiras, não acredito! – Tentei brincar, mas ela não caiu nessa.

– Eu sou loira, Gabriel! Não tente mudar de assunto, eu vi o grande livro sinistro que o veterinário trouxe. Aliás, ele não parece veterinário, o que vocês foram fazer de manhã?

– Você já assistiu Matrix, é um filme antigo? – Perguntei sério.

– Eu vi, acho o Keanu Reeves um gato. Tá dizendo que é algo que eu vou me arrepender de saber?

– Tipo isso. Está pronta para perder muitas noites de sono com medo do escuro?

– Eu já faço isso e quer saber, não preciso de mais "monstros" assombrando meus sonhos. Eu vou pro hotel, não esquece, a viagem é depois de amanhã e ainda dá tempo de levar o gostosão, quer dizer, o Scott.

– Tchau, Emma, não vou esquecer a viagem. Tranque as portas e janelas quando for dormir e pare de pensar em meu noivo!

– Idiota! – Ela resmungou fingindo raiva já indo embora e eu fingi não ter ouvido e acabei rindo.

– Uma hora dessas ela vai acabar descobrindo tudo – falei entrando na cozinha onde Deaton lia o livro concentrado, Stiles tomava uma cerveja encostado na parede e Chris conversava com Scott à mesa enquanto Melissa mexia algo que fritava no fogão.

– Tem muita coisa para ser lida, mas ainda não entendi porque Gerard queria esse livro. É só um monte de história antiga que pode nem ter acontecido de fato. – Deaton disse nos olhando sério.

– Meu pai não faz nada sem pensar no futuro – Chris disse sem parecer triste – ele não pode por as mãos nisso de jeito nenhum.

– Deaton precisa levar o livro para a clínica e ler durante o expediente – Scott lembrou – talvez você devesse posicionar alguns caçadores por lá durante o dia.

– Bem pensado – comentou o Argent – e ainda temos que resolver o problema do ruivo. O rapaz parece avoado, como se estivesse drogado e não fala com ninguém. Quando alguém tenta se aproximar ele rosna como um animal.

– O que acha de ler sobre o garoto e ajudá-lo a viver um pouco melhor? – Meu alfa me perguntou segurando minha cintura e sorrindo. Gostei da ideia e mesmo se não tivesse, não teria como negar um pedido feito desse jeito.

Scott queria levar Elliot quando fomos ao quartel general dos caçadores e ficar com ele na clínica a tarde, mas Melissa não achou boa ideia e tive que concordar com ela. Ele estava seguro em casa, sempre vigiado pelos Argent, tendo sempre quatro caçadores "acampados" perto da casa. Chris não brincava quando o assunto era a mulher de quem gosta.

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