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Lauren Pov

 
Eles foram embora e apesar de eu querer ir atrás, de falar tudo, que estava com saudades e tal, eu não fui. Tava reaprendendo a me controlar e mais ainda estava aprendendo a conviver com aquilo tudo, com a dor, com a saudade, claro que tinha horas que parecia que ía sufocar mas no fim eu sempre conseguia dar um jeito de contornar tudo isso. E assim os dias se seguiam.

Um belo dia cheguei em casa e tive uma surpresa, meu pai disse que queria falar comigo, já achei que era merda mas foi aí que eu tive a surpresa!

 
- Senta aí filha. - ele falou. Estava ele e minha mãe sentados no sofá, sentei entre eles que foi onde minha mãe bateu com a mão pra eu sentar.

- O que houve? Olha eu não fiz nada! - fui logo me defendendo rsrs.

- Nós sabemos filha rs. - meu pai riu.

- O que houve então? - insisti. Minha mãe pegou na minha mão e meu pai começou a falar, juro, senti medo rs.

- Bom, nós - ele olhou pra minha mãe- temos percebido que você tem mudado, anda mais responsável com tudo. Ficamos sabendo que ontem ficou em casa fazendo trabalho...- ele sorriu e eu fiquei quieta ouvindo- Enfim, eu recebi no meu escritório que está na hora de você fazer a sua revisão do carro e percebi que não tem multa nenhuma, por isso - ele deu ênfase olhando pra minha mãe- eu e sua mãe conversamos e como percebemos que você tem andado muito trsitinha ultimamente, resolvemos...- ele deu uma parada e eu observando, se virou pra trás pegando algo- te devolver isso. - quando olhei pro que ele tinha posto na minha mão nem acreditei!

- Meus cartões de crédito??

- Aham, gostou?? - minha mãe.

- Se eu gostei? AMEI!!! Brigada mãe, brigada pai!! - abarcei e beijei os dois efusivamente.

- De nada, filha. - meu pai.

- Achamos que você os merecia e volta. - minha mãe falou rindo.

- Nem acredito!! - eu estava feliz da vida!! Muito tempo depois eu podia dizer que estava feliz embora eu soubesse que era uma felicidade passageira e instantânea, eu me dei esse direito de sentí-la.

- Mas é com cuidado hein filha, sem estrapolar e sem voltar a fazer aquelas loucuras de antes, principalmente com seu carro. - meu pai.

- Ok pai, pode deixar. Brigada de novo.

- De nada. Mas agora temos outra coisa pra te falar. - ele. 

- O que? - tem mais ainda?

- Bom, hoje recebemos um telefonema da sua tia e ela me disse que sua prima está chegando aí amanhã, na verdade ela e o irmão. Ele vem procurar apartamento aqui, está querendo morar aqui e ela vem ajudar.

- Que primos, mãe?

- A Priscila, filha da sua tia minha irmã, e o irmão dela, o Rafael.

- Ah sim. - me lembrava muito vagamente deles.

- Então, eles vão chegar amanhã e vamos buscá-los no aeroporto e depois vamos almoçar e gostaríamos que você fosse conosco. - meu pai.

- Tá. - respondi e eles me olharam meio surpresos- Que foi?

- Nada, só achei que teríamos que insistir mais. - minha mãe falou, eu ri. Óbvio que não era só boa vontade né, mas eu não iria contrariá-los agora que eu tinha recebido meus cartões de crédito de volta- Bom, então amanhã vamos almoçar juntos.

- E que horas eles chegam? - perguntei.

- Meio dia, te acordamos. - minha mãe falou porque ela me conhecia né hahah.

Cᴀᴍʀᴇɴ √ •R̶єntαl G̶írlF̶ríєnd• 2ᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora