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Camila Pov

Desde que a Laur pediu aquilo eu estava nervosa, nem estava ligando pro meu aniversário e sinceramente mal lembrava da Nanda que vinha aí. Minha mãe percebendo meu nervosismo veio perguntar e conversar, eu como não estava aguentando mais acabei contando a ela mas fiz ela prometer que não contaria a ninguém nem a Ashley. A única coisa que ela me pediu foi que deixasse o celular ligado pra ela me dar os parabéns, disse que não abriria mão disso, acabei aceitando.

Ela me levou num restaurante japonês que eu amo mas esse em especial eu não conhecia, nunca tinha ído. E por falar em especial estava tudo sendo especial, parecia que a gente estava numa outra aurea, outra vibração sei lá, parecia tudo perfeito e eu nem me lembrava do que ela havia me feito, parecia que havíamos acabado de nos conhecer e eu estava me apaixonando por ela ali. Eu sabia que isso não era possível mas eu estava gostando da sensação, então resolvi que pelo menos por essa noite ía fingir que isso era verdade. E era o que eu estava fazendo, confesso que na hora que ela pediu pra eu me vendar, tremi com medo do que ela poderia estar aprontando mas ela me pediu olhando nos olhos e garantiu que era coisa boa, acabei aceitando e entrando na brincadeira.

Um tempinho depois dessa história da faixa ela parou o carro e pelo barulho percebi que o desligou, provavelmente porque havíamos chegado no local. Ela abriu a porta do carro ao mesmo tempo que eu falei, por isso não sei se ouviu.

- Lolo, onde a gente está?

- Vem. - abriu a porta do carro pra mim, me dando a mão. Eu peguei saindo.

- Onde a gente está Lolo? - perguntei mas ela não respondeu continuou me guiando sei lá pra onde- Lolo, eu vou cair, tira isso do meu olho.

- Vai nada, eu tô te segurando. - ela me abraçou por trás, passando a mão na minha cintura- Pode continuar andando.

- Lolo, onde a gente está? Eu vou cair.

- Confia em mim. - disse sussurrando no meu ouvido e eu me arrepiei inteira e não foi pelo frio que fazia- Eu não vou te deixar cair. Pode continuar andando. - ouvi um barulho de alarme, quer dizer que ela tinha fechado o carro.

- Tá chegando?

- Quase. - ela continuou me guiando- Tem dois degraus mais a frente. Daqui há uns três passos.... isso... aí... Isso, cuidado com o degrau. - subimos os degraus com ela me segurando, no último eu quase caí mas ela me segurou- Espera aqui que eu vou abrir.

- Abrir o que Lauren?? Onde a gente está? - minha voz beirava o desespero. Sabe o que ela fez? Sorriu e se afastou de mim. Ouvi barulho de chave e depois senti o toque dela no meu braço- Pronto, vem.

- Já posso tirar a venda?

- Daqui a pouco. Vem comigo. - pegou na minha mão e continuou me puxando, percebi uma luminosidade mas continuava sem saber onde eu poderia estar. Sei que andamos mais um pouco, ouvi o som de outra porta sendo aberta e aí sim ela pediu pra eu entrar, senti ela se aproximando e desatando o nó da venda- Pronto, pode abrir os olhos.

Abri os olhos devagar e ao mesmo tempo comecei a ouvir uma música bem baixinha. Era Ana Carolina mas não identifiquei a música porque eu estava mais preocupada olhando o ambiente.

O ambiente se iluminava só pelas velas que ela tinha espalhado pelo quarto e ao lado da cama, nas mesinhas que haviam ali, uma de cada lado. Ao lado da cama nessa mesma mesinha tinha uns mini balões em forma de coração, pendurada nas cortinas do quarto. Em cima da cama um coração formado por pétalas de rosas, no topo dele tinha uma almofada com uma foto nossa que eu nem sabia que ela tinha e muito menos que havia revelado. Do lado de fora do coração, embaixo dele, estava escrito em letras grandes e vermelhas "Te amo".

Cᴀᴍʀᴇɴ √ •R̶єntαl G̶írlF̶ríєnd• 2ᵗOnde histórias criam vida. Descubra agora