Página 77. Conhecendo o inimigo.

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- EXPLODAM!

- NÃO! - O velho arregala os olhos. - JOGUEM, JOGUEM SUAS ARMAS AGORA, JOGUEM!

- Calma! - Rico sai de dentro da fumaça segurando as armas. - Você não tem com o que se preocupar. - A fumaça se dissipa e finalmente os náufragos são revelados, todos sentados e amarrados uns aos outros, cercados pelas lanças de trovão.

- Como é que...

- Hahahaha... - Makina coça a nuca. - Era só uma brincadeira, eu não sou tão desumana, vovô!

- Além disso. - Ezra vem pelo outro lado, segurando um rifle. - Somos bem eficientes! - Se apoia numa perna e coloca a mão na cintura.

- Vamos prendê-los e esperar o retorno da Sila com a comandante Hanji. - Empurra o velho pra Rico. - Ezra, leve o vermelhinho do canto pra minha tenda, quero ter uma palavrinha com ele. - Aponta pro loiro, que também era o único deles que não estava armado.

...

- Então acha que esse não é um soldado? - Rico semicerra os olhos, encarando o homem loiro preso na cadeira com as mãos atrás das costas. - Faz sentido!

- Eu não contarei nada, não tenho medo! - Ele cospe no chão. - Vocês são só um monte de porcaria, que vivem nessa ilha imunda de porcos, demônios malditos!

- Vocês de Marley tem uma aula na escola sobre como ser desagradáveis, ou o que? - Makina inclina a cabeça. - Qual o seu nome, vermelhinho?

- Não vou falar com você, demônio imundo. - Trava a mandíbula.

- Acabou de falar, gênio! - Ergue as sobrancelhas.

- Acho pouco provável que consigamos alguma coisa. - Rico murmura pra Makina. - Mesmo com esse aí.

- Não exatamente. - Puxa uma cadeira e senta na frente dele. - Aquele velhote vai falar, desde que o torturado não seja ele. - Pega a faca atrás das costas. - Ouça bem, suas opções são falar numa boa, ou falar quando eu começar a arrancar seus dedos. - Gira a faca na mão. - De um jeito ou de outro, você fala. - Move os olhos. - Particularmente, preferiria não ter que te machucar, acho tortura uma coisa desnecessariamente suja e barulhenta.

- Você não me assusta! - Se inclina.

- Achei que não fosse falar comigo! - Vira o lábio inferior pra baixo e ele começa a se debater. - O que foi?

- SAI DE PERTO DE MIM, SUA LOUCA! - A encara. - DEMÔNIO MALDITO, ELDIANA IMUNDA--

- Se quer tanto assim gritar. - Segura seu queixo. - Te ajudo com todo prazer. - Encosta a faca em sua bochecha.

- NICCOLO! - Fecha os olhos. - M-Meu nome é Niccolo, eu sou um cozinheiro do exército de Marley. - Respira fundo, ainda de olhos fechados. - Não sei o que querem saber, mas, não conseguirão comigo. - Abre os olhos. - Eu não sei de nada!

- Eu acredito. - Finca a faca na mesa ao lado. - Pra sua sorte, Niccolo, você mente muito mal! - Sorri. - Eu sou Makina Zacharias!

- Ackerman! - Rico arruma os óculos e vai perto da amiga. - Segunda capitã do regimento do Reconhecimento da ilha de Paradis, Makina Ackerman.

- Isso é muito formal, Rico. - Cruza os braços.

- Não importa, é o certo! - Se vira pro homem. - Eu sou a segunda tenente do regimento do reconhecimento, Rico Brzenska!

- Capitã e tenente? - Alterna o olhar entre elas. - Vocês demônios realmente tem hierarquia?

- Fazer o quê? - Makina levanta as mãos. - Mesmo no inferno deve haver ordem.

Shingeki no Kyojin. (Levi Ackerman.)Onde histórias criam vida. Descubra agora