Distância - Tommy Shelby

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Pov SN.

Eu via Thomas distante mas não sabia o real motivo, ele é desse jeito normalmente, ele é o tipo de homem que demonstra amor sem falar nada, mas também não o pressione para isso, ele continua chegando em casa tarde e se trancando no escritório, muitas vezes nós brigamos e ele se afasta me chamando de chata, insuportável e até falou em divórcio.

Hoje teria um jantar aqui em casa e admito que minha animação está zero, ponho o vestido longo de alça fina e o sapato scarpin, deixo meu cabelo solto e faço uma maquiagem básica, passo perfume e ao sair do quarto caminho até a sala vendo Thomas em silêncio como sempre mas pensativo, trocamos olhares mas ele logo desviou.

Enquanto todos estavam animados conversando, eu continuei encarando Tommy, ele levantou saindo da sala e novamente se enfiando no escritório, eu respirei fundo e levantei indo atrás dele, abri a porta e entrei.

- Pode me contar o que está acontecendo?- Ele olha para o teto pensativo.

- Não é nada.- Ele disse.

- Não é nada? Tommy, você anda me afastando de você, chega tarde em casa, não tem mais contato direito comigo e eu pergunto a você o que diabos aconteceu?- pergunto já sem paciência.

- Qual a parte do não é nada você ainda não entendeu?- ele perguntou impaciente.

- Tommy...

- Você quer saber o que aconteceu, ótimo, eu estou com a mente cheia, todo santo dia tenho pesadelos com a maldita guerra, não durmo direito e além do mais todo o meu trabalho sujo.- Ele disse.

- E o que eu tenho haver com isso?- pergunto confusa.

- Como assim?- ele me olhou.

- Por qual motivo anda se afastando?- pergunto cruzando os braços.

- SN, você é uma pessoa boa demais, você absorve energia das pessoas, você passou quase três meses trancada no quarto sentindo uma tristeza e tudo isso por absorver energias ruins, eu não quero te ver daquele jeito de novo.- Ele desabafa.

- Tommy, eu sei lidar com isso, eu sei cuidar de mim mesma e dos meus sentimentos.- Disse.- Eu sei o quão difícil é uma guerra, eu não sei como é uma pois nunca estive nela mas deixa eu te ajudar por favor, eu não quero que você se distancie.- Me aproximei dele tocando seu rosto.

- Você é boa demais para mim.- Ele juntou nossas testas.

- Eu posso cuidar de nós dois, me deixe fazer isso.- Pedi e ele me apertou no abraço.

- Eu não quero te ver daquele jeito de novo, eu fiquei com medo de te perder.- Ele disse te apertando no abraço.

- E você acha que eu não tenho esse medo? Eu vejo você todos os dias fazendo esse maldito trabalho e te espero na cama toda noite, você chegava e entrava no escritório sem falar comigo, amor como você acha que eu me sinto?- perguntei.

- Me desculpa.- Ele pediu.

- Eu te desculpo.- ele beijou meu pescoço.

- Além do mais, minha mente não está muito boa, eu tenho tido...

- Crises de ansiedade?- pergunto.

- Isso.- Você beijou a boca dele.

- Amor, somos um casal, fale comigo e eu vou te ouvir, vou estar sempre ao seu lado, não importa a circunstâncias, estou com você até hoje.- Acariciei sua bochecha.

- deixa eu te contar uma coisa.- Ele disse.

- O que?- perguntei.

- Você é a minha cura.- Ele sorriu ladino te beijando.

- E você é a razão por eu continuar aqui, lutando por essa família.- Disse sorrindo.

No fim voltamos a nos falar e Tommy sempre desabafava comigo, em suas crises de ansiedade eu estava com ele, e Thomas sempre me agradecia por tudo o que eu fazia, a guerra machuca pessoas, destrói sua mente e acaba com sua sanidade, é algo que não se pode apagar, Thomas me ama e sempre demonstrou isso.

Imagines PB ( Segundo livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora