Era um dia comum em Small Heath, Sn havia acabado de completar seus quinze anos e isso foi motivo de grande felicidade para a família Shelby.
Naquela manhã pouco ensolarada, ela estava tomando seu café da manhã quando viu seu pai dando um selinho em sua madrasta e saindo de casa para trabalhar, ela esperou a mais velha vir até a cozinha e continuou em silêncio.
— Aconteceu alguma coisa?— Esme percebeu o jeito da enteada.
— Posso confessar uma coisa?— Sn brincou com a xícara de chá.
— Claro.— Esme logo puxou uma cadeira do lugar para ouvir com atenção.
— Estou gostando de um garoto, ele tem dezesseis anos e confessou gostar de mim.— Sn fala com toda sua animação.
— É uma péssima ideia, seu pai e seus tios não vão gostar nada disso.— Esme já tinha previsto a briga.
— O que tem? É um namoro de adolescente.— Sn não entendeu.
— E é isso que me preocupa, nessa idade vocês estão com os hormônios a flor da pele.— Esme levantou colocando mais um prato na mesa.
— Eu sei me controlar, será que ele não vai dar essa chance?— A mais nova insistia.
— Seu pai não vai permitir, além do mais por causa da sua idade.— Esme já estava alertando ela.
Por um certo momento Sn desistiu de conversar com sua mãe sobre esse assunto, ela caminhou até a casa de apostas e entrou, falou com Finn e sentou numa cadeira vazia.
— Brigou com alguém?— Arthur logo aproximou-se com um copo de uísque.
A casa de apostas estava vazia, naquele mesmo momento os três Shelby estavam presentes em sua frente, incluindo a Polly.
— Espero que não tenha sido com sua mãe.— John apontou para ela.
— Eu não briguei com ninguém.— Sn brincou com os dedos.— Eu queria contar uma coisa.
Ela achou melhor contar para ele, na esperança de que ele deixasse sua filha namorar.
— Você está grávida?— Aquela pergunta fez todo mundo olhar para ela.
— Óbvio que não, eu sou muito nova para engravidar.— Ela negou.
— Então, Desembucha de uma vez.— Arthur disse sem paciência.
— Parem de interromper a menina.— Pollyana interferiu.
— O que eu tenho para falar é simples, eu estou gostando de um menino e ele também gosta de mim...
— Nem pensar, você não vai namorar de jeito nenhum.— John não deixou sua filha terminar de falar.
— Tia Polly pode ficar de olho, e a mamãe também, Lizzie, pessoas não vão faltar.— Sn cruzou os braços levemente emburrada.
— Mesmo assim querida, eles tem medo de você namorar um homem parecido com um deles.— Pollyana bebeu um pouco do chá.
— E quando esse garoto confessou os sentimentos dele?— Thomas finalmente falou alguma coisa.
— Faz uma semana, no máximo, eu estava tomando coragem para falar com você papai, principalmente porque eu gosto do menino e queria tentar.— Ela foi sincera.
— Não, vocês são adolescentes com hormônios a flor da pele e eu não quero ver você grávida aos dezesseis.— John sabia que isso pode acontecer.
— Mas eu não vou acabar grávida, se ele passar dos limites eu dou um chute ou um soco nele, qualquer coisa conto para um de vocês.— Ela queria tentar um romance.
— Querida, eu confio em você mas não confio naquele rapaz, procure estudar e ser independente, com mais idade quem sabe eu deixe você namorar.— John queria proteger sua filha.
— Aposto que o pai da mamãe também conversou com ela antes de vocês terem quatros filhos.— Sn se referiu a mãe de sangue, Martha.
— Vai logo estudar, deixa de encher o saco.— John jogou uma bola de papel nela.
— Olha, tia Polly, papai tá sujando a casa de apostas.— Sn dedurou e correu para outro cômodo.
(.....)
Na escola Sn estava conversando com uma de suas amigas quando o menino se aproximou, ele tem lindos cabelos loiros e olhos verdes.
— Conversou com seu pai?— Andy perguntou sério.
— Ele não vai deixar.— Ela foi direta pois sabe que não adianta insistir.
— Por que?
— Ele acha que não dará certo, somos jovens demais com hormônios a flor da pele.— Sn explicou a situação.
— Por um lado ele tem razão, mas eu sigo a palavra da bíblia...
— Quer mesmo arriscar isso?— Sn tem suas dúvidas.
— O que eles vão fazer comigo?— Andy perguntou sério.
— Eles vão implicar com você e causar medo.— Sn resumiu o que iria acontecer.
— Eu posso tentar conquistá-los.— Andy tem bom humor.
— Então pode conversar com eles, eu tentei fazer isso e não deu certo.— Sn conhece bem o pai que tem.
— Você pode ter coragem, mas quem quer namorar você, sou eu.— Ele disse certo disso.
(.....)
Com o passar do tempo Andy deu flores para Sn, mandou carta e caixa de chocolates. A reação do John, foi brigar com a filha por causa do possível namorado.
— Que culpa eu tenho se ele gosta de mim?— Sn perguntou irritada com seu pai.
— Nenhuma, mas eu não gosto disso.— John anda de um lado para outro.
— John, querido. O rapaz está sendo gentil, educado e tem mandado presentes para Sn, demonstrando que gosta da sua filha.— Esme tentou convencer seu marido.
— Sn, você é muito nova para namorar e eu não quero isso.
— Tudo bem então, eu não vou mais insistir nisso.— Sn foi para o quarto estudar.
Ela decidiu parar com todo aquele romance, pelo menos na frente do pai, Sn namorou com Andy por seis meses e pelo que ela sabe John nunca descobriu.
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Imagines PB ( Segundo livro)
FanfictionFaço imagine com os personagens de Peaky Blinders e você pode fazer pedidos também, venha se iludir nesse mundo de aventura e perigo.