Partida - Sn Gray

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Pov SN.

Poliana esta puta comigo por causa de uma das brigas dos meninos, fazia um tempo que eu saia às escondidas para ajudar os meninos em algumas brigas e bom, Poliana sendo uma mãe protetora não apoiava de nenhuma maneira, ela também às vezes dizia que Michael era mais obediente e isso me irrita de uma maneira grande.

Hoje teve mais uma dessas lutas e eu tive que ir, quando voltamos eu sentia algo gritando em mim dizendo que eu não devia ter ido, os meninos animados pela vitória e eu incerta fingindo sorrisos.

Ao chegar em casa eu sai junto aos meus primos, Thomas abriu a porta e me deu a passagem para entrar, eu sorri falso e a primeira pessoa que vemos sentado no sofá é o Michael, Arthur sendo o último a entrar fechou a porta parado ao meu lado, todos os três com receio de algo ruim acontecer.

- A mamãe está uma fera com você.- Michael tirou o cigarro da boca batendo ele em cima do cinzeiro.- Se prepara.

Logo a mais velha entrou na sala cruzando os braços olhando para mim com um olhar mortal e esse olhar não me assustava de nenhuma maneira.

- Eu já falei para você não ir com seus primos, qual é o seu problema?- ela gritou irritada.

- Mãe eu fico cansada de ficar só aqui dentro, eu posso sair para qualquer lugar e eu sei me proteger.- Disse e ela riu com ironia.

- Você é só uma criança, o que sabe da vida?- ela perguntou e me irritou mais ainda.

- Só uma criança? Eu lembro de ter sido levada por policiais, passei metade da minha infância dentro de um orfanato e eu só vim até você, porque o Thomas foi me buscar.- Disse olhando para ela.

- Então está aqui por interesse?- Michael se meteu.

- Cala essa boca, eu estou aqui porque finalmente achei minha família, eu não esperava mais ninguém naquele orfanato.- disse irritada.

- Era melhor ter ficado lá.- Poliana disse e isso me pegou de surpresa.

- O quê?...

- Chega Polly, vamos nos sentar e respirar um pouco, os nervos estão à flor da pele.- Thomas tentou intervir.

- Então por qual motivo me tirou de lá?- pergunto com raiva.

- Porque eu pensei que você podia ser minha filha.- Ela gritou e eu fiquei sem entender.

- Tia, por favor, vamos acalmar as coisas.- Ada pediu.

- Como assim? Eu pensei que você ia gostar de me ver ajudando a família.- Disse e ela negou.

- Eu não gosto, você com certeza não é minha filha.- Ela gritou de novo.

- Então eu sou o quê? O papai Noel?- perguntei com raiva.

- Você é um monstro!- Ela disse se afastando.

- CHEGA.- Thomas gritou e eu tive um susto.

As palavras dela podiam não afetar mas afetaram, ela ainda sim é uma mãe para mim, com lágrimas nos olhos, você se aproximou de Poliana ficando cara a cara com ele.

- Se eu não sou sua filha e sim um monstro, por quê me tirou do orfanato?- meu olhar de raiva e tristeza assusta qualquer um e isso fez ela dar passos para trás.

Eu ri negando com a cabeça e sai andando, entrei em meu quarto e fechei a porta com chave, foda-se a comemoração de hoje a noite e foda-se se alguém vir me chamar.
As horas foram passando e eu acabei adormecendo, no fim quando acordei foi com batidas na porta.

- Princesa?- John me apelidou assim.

- O que foi?- perguntei sem ânimo.

- Vai ao pub com a gente?- ele perguntou.

- Não, podem ir.- Disse me enrolando.

- Ei, não fique com raiva do que a Tia Polly falou, ela pode ser bem emotiva quando quer e acredita, ela não queria dizer aquilo.- Arthur tem a voz cheia de ternura e isso eu acho lindo em meus primos.

Eu não respondi e eles foram embora, poucas horas depois eu me dei por vencida e fui tomar uma ducha rápida, vesti um belo vestido e depois calcei minhas botas, fiz maquiagem e passei perfume, coloquei um sobretudo e deixei meu cabelo solto, peguei uma bolsa e coloquei uma arma nela.
Com a chave reserva saio de casa e fecho de chave, guardo ela no bolso e caminho até o pub e ao entrar sorriu para os homens conhecidos dançando e entro na salinha, Michael me olha com cara feia, John e Arthur me puxam para um abraço e eu me sento ao lado de Ada.

- E como você está?- Ada perguntou.

- Bem.- Sorri de canto.

- Que bom.- Ada disse sorrindo.

Depois de beber e rir com eles, decidi sair um pouco da salinha, vou até o balcão e peço uma cerveja, Poliana está dentro da sala e eu até tentei conversar com ela mas não deu certo.

Enquanto bebo um homem atira duas vezes para cima, eu olho para ele que entra com uma cara nada boa, é o Billy Kimber.

- Cadê o Thomas Shelby, exijo falar com esse cigano de merda.- Ele disse com desgosto.

- O que quer com o Thomas?- Tio Charlie perguntou.

- Não é da sua conta, a única coisa que eu posso dizer é que aquele cigano me traiu e eu quero respostas.- Ele disse com raiva.

Eu fui colocar o copo de cerveja em cima do balcão e o homem atirou em mim uma, duas, três vezes, Danny entrou no meio do último tiro e caiu morto no chão, assim como SN Gray.

Depois dessas mortes uma guerra começou, brigas por todos os lados conseguiram matar o Billy e alguns homens dele, no mesmo dia levaram seus corpos para o hospital, todos sentados na mesa de casa esperando pela maldita hora do enterro.

- Você devia ter falado com ela.- Ada falou olhando para Poliana.

- Ela não precisa fazer nada que não queira.- Michael encostou a mão no ombro da mãe.

- Chega por favor, brigar não vai trazer SN de volta.- Thomas disse e todos ficaram em silêncio.

Poliana começa a chorar e seu choro é possível sentir toda a dor, os demais não poderão fazer nada a não ser abraçar ou dizer que estava ali por ela.

Mais tarde naquele dia arrumaram a caravana que seria para você com suas fotos, roupas preferidas e presentes, andaram com ela pela cidade e depois foram até um lugar mais aberto.

- SN, era uma mulher maravilhosa, cheia de força e coragem, sempre tentando proteger aqueles que ama, ela quase virou uma segunda líder mas o destino foi cruel com a nossa prima.- Thomas disse pegando um tocha com fogo.- Alguém tem algo para falar?

- Eu gostaria de dizer o quanto amo ela.- John disse desviando o olhar da caravana.

- Sn, uma mulher cheia de fibra e força, nunca te esqueceremos.- Arthur disse baixo mas audível.

Como ninguém mais disse nada, Thomas aproximava a tocha da caravana quando Poliana caminhou até ela fazendo o mais novo parar seus movimentos, a mais velha colocou a mão em cima e encostou a cabeça..

- Me desculpa, você não era um monstro, era uma boa filha ajudando seus primos, por favor me perdoa, eu devia ter dito que te amava e não aquilo.- Ela chorou tanto que quase caiu se não fosse Arthur atrás dela, a mais velha teria caído.

Thomas sentiu pena da sua tia mas não poderia trazer você da morte e claro ele iria se culpar por isso, por ter puxado você para um lado perigoso e sem volta.

- Me perdoa SN, se eu soubesse que seu fim seria assim, teria te deixado dentro de casa.- Thomas disse baixo colocando o fogo na caravana.

Aos poucos ela foi incendiando com todos olhando alguns chorando e outros apenas olhando, no fim a caravana queimou inteira, os Shelbys foram embora com o coração na mão e as agora com as únicas e doces lembranças do seu sorriso, Poliana nunca mais te veria assim como seus primos que se arrependeram de deixar você entrar naquele mundo sombrio deles.

Imagines PB ( Segundo livro)Onde histórias criam vida. Descubra agora