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P.O.V Ada Shelby.
Era uma linda manhã ensolarada de sol, diferente de Birmingham, eu conseguia ver o céu azul e o sol, achava tão lindo ficar olhando da minha janela e as pessoas passavam apressadas para seus respectivos trabalhos ou para fazer qualquer outra coisa.
Infelizmente depois que Freddie morreu de forma dolorosa, eu vim morar com minha melhor amiga Sn Collins.
Ela é uma mulher muito interessante e intrigante, vive usando roupas masculinas e eu nunca vi ela falando de homem nenhum, às vezes ela elogia algum homem na rua mas nunca namora com eles, admito achar isso estranho.
— Já é quase oito horas da manhã, não se atrasa.— Sn avisou para mim.
— Vou deixar Karl na casa da vizinha e vou.— Olhei para ela analisando sua vestimenta.
Sn usava uma calça social preta, uma blusa preta social por dentro da calça e uma bota sem salto preta e de cano baixo, os cabelos soltos e uma maquiagem perfeita.
— Ainda acho estranho o jeito que você se veste.— Julguei sem me importar.
— E o que eu tenho haver com isso? Vamos entrar nesse assunto novamente?— Sn largou uma mala em cima do sofá e me encarou cruzando os braços.
— Meus amigos me perguntam por que você se veste assim, olha essas roupas é de homem.— Ada se aproximou dela.
— Cuidado hein, eu como um homem posso tentar beijar você.— Olho em seus olhos e não consigo decifrar nenhum tom de brincadeira, me afasto dela.— Minhas roupas não é de homem, ainda acredito que mulheres vão poder usar a roupa que bem entender, no futuro não tão distante.
— Você é sonhadora demais.— Eu neguei com a cabeça.
— Bom, não sou eu quem vive indo a reuniões falar sobre um partido que talvez não dê nada de bom para o país.— Eu fechei minha cara ao ouvir as palavras ditas de Sn.
— Ah desculpe, se nenhuma pessoa é igual a você, que não acredita em ninguém e pensa que todo político é manipulador.— Sai andando para a cozinha e deixei a xícara na pia.
— Eu vou viajar, caso queira contratar uma babá ainda acho uma boa ideia.— Sn adentrou a cozinha e sentou para tomar café.
Eu respirei fundo e me sentei próximo a ela, observando o que ela estava fazendo.
— Quando pretende casar?— Ela ficou surpresa com a pergunta.
— Por que? Quer ser minha noiva?— Sn mordeu o sanduíche e eu fiquei corada.
— Eu não penso em ser sua noiva, mas acho que você pode encontrar alguém, de preferência um homem.— Joguei um verde para colher maduro.
