Starbucks. 2

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Bom dia/ Boa tarde/ Boa noite/ Boa madrugada.

Volteiiii !

Boa leituraaaa !

Byeeeeeeeee !

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Após fazer nossos pedidos e ter alguns minutos de silêncio constrangedor, meu primo decide quebrar o gelo.

- Então Pandora, onde você morava antes de se mudar para cá ? - pergunta Kai e eu olho para Calvin que tinha uma expressão de diversão estampada em seu rosto.

- Não é nenhum lugar legal ou importante para ser mencionado. - diz a loira batendo constantemente os dedos na mesa e eu sorrio olhando para Kai que parece sem jeito com a resposta.

- Me lembro de ter ouvido algumas pessoas comentarem que você nasceu aqui, mas se mudou quando ainda era bebê. - diz Calvin e então a atenção da loira se volta totalmente para ele.

Olhar intimidador.

Me pergunto se ela faz de propósito mesmo que pareça ser de maneira inconsciente.

Algo natural.

- É verdade. - diz com seus olhos azuis fixos nos azuis de Calvin. - Mais sempre foi só a minha mãe e eu. - completa e Kai me olha esperando que eu diga algo para fazer o assunto render.

- O que aconteceu com seu pai ? - pergunto me sentindo idiota por perguntar algo assim, mas seu sorriso contido ao me olhar me faz relaxar um pouco.

- Digamos que ele é um otário que se deu mal e que eu tive a sorte de não conhecê-lo. - responde com um tom de diversão que me deixa curiosa. - Ele simplesmente me largou em uma caixa na casa da minha mãe adotiva, por isso ela me deu esse nome. - diz olhando para Kai e Calvin antes de voltar a focar seu olhar no meu. - Ela adora mitos, contos, histórias entre outras coisas sobrenaturais e o mito da caixa de Pandora é o seu favorito, então daí saiu o meu nome, pois segundo ela eu sou a sua caixa de Pandora. - completa e eu sorrio.

- Mais segundo as histórias contadas a caixa de Pandora não era algo bom. - diz Kai e ela o olha.

- Depende do ponto de vista, afinal sempre existiu coisas ruins no mundo, a caixa no mito talvez só sirva para justificar a maldade dos homens e o egoísmo dos Deuses. - diz séria sem desviar seu olhar do dele. - E os males não eram a única coisa que a caixa de Pandora portava, dentro dela também havia esperança e há por aí quem diga que ela é a última que morre, então para minha mãe eu sou a esperança dela em meio á todas as adversidades da vida . - completa com um sorriso de canto e eu sorrio achando única essa maneira dela de pensar e expressar seu ponto de vista.

- Isso é bem maneiro. - diz Calvin sorrindo enquanto ajeita seu óculos e Pandora sorrir para ele.

- Acho que vou ter que te procurar sempre que eu estiver vendo apenas o lado negativo da situação. - brinca meu primo e Pandora o olha.

- Acho que vou ter que cobrar, afinal seria meio que uma terapia. - devolve a brincadeira e meu primo sorrir.

- Acho justo. - diz Kai assentindo.

- Agora faz sentido você gostar tanto de livros de terror. - diz Calvin pensativo. - Eu tenho alguns sobre lendas de lobos caso você curta. - completa o loiro e todos os olhares se voltam para ele.

- Tem alguns sobre lobisomens também ? - pergunta Pandora e ele assente enquanto eu olho para Kai que tinha uma expressão de confusão misturada com curiosidade. - Ótimo, adoraria ler e posso te emprestar alguns também, eu tenho uma coleção bem grande em casa. - completa sorrindo e o garoto retribui assentindo.

The First Alpha. ( The Curse )Onde histórias criam vida. Descubra agora