Decisões.

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Bom dia/ Boa tarde/ Boa noite/ Boa madrugada.

Volteiiii !

Demorei, mas tô aqui agora.

Boa leituraaaa !

Byeeeeeeeee !

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Observo Luna correndo com Kai e Petra, inclusive esses dois não param de trocar farpas o que é engraçado as vezes, mas em outras se torna um pouco irritante. Tomo um gole de whisky vendo minha mãe conversar animada com James e Calvin do outro lado sobre algo que eu não fiz a mínima questão de saber, pois minha mente está fervilhando desde o momento em que desci as escadas ao lado de Luna e vi todos juntos, todas as pessoas com quem me importo de alguma maneira em um só lugar e interagindo como se sempre tivessem estado aqui, como se sempre tivessem feito parte da minha vida e isso me incomodou de uma maneira absurda.

Obviamente não o fato de eles estarem juntos e se dando bem, mas sim o fato de que todos parecem ter nascido para estar aqui agora, fazendo parte da minha vida de alguma maneira e então isso me faz pensar que isso pode ser ruim, pois eu sei bem que que ter isso, ter uma família e amigos nos torna vulneráveis, ainda mais quando se tem inimigos poderosos como eu tenho e em algum momento alguém pode se machucar, principalmente James, ele está mais apto para sofrer um ataque por ser humano e isso o torna um alvo fácil. Tendo isso em mente eu pensei na possibilidade de usar a coerção para fazê-lo esquecer que me conheceu e que conheceu cada um presente aqui e então me veio outro fato a mente, se fizesse isso eu não o teria mais na minha vida, não seríamos melhores amigos e ele não seria o único cara certinho demais e típico atleta americano gato e popular de filme da Netflix que eu não quero matar.

Não seríamos melhores amigos.

Ele esqueceria tudo que fizemos juntos, a viagem até Chicago, a ida ao boliche, a noite divertida no bar com Petra e todas as outras coisas.

Tudo seria deixado para trás e ele poderia viver tranquilamente e em segurança.

Suspiro tomando outro gole de whisky e em seguida me levanto seguindo para dentro com a mente ainda mais agitada do que antes. Pensar nessas coisas me deixa um pouco irritada, me faz querer sair por aí matando geral da minha lista de inimigos e eu adoraria fazer isso, mas sei que não importa o que eu faça sempre irá surgir mais inimigos, por alguma razão eu nasci com um alvo gigante nas costas e isso me torna a cereja do bolo que todos querem, suspiro novamente pegando a garrafa de whisky e então ouço seus passos lentos, seu perfume amadeirado e forte entra em minhas narinas e seu coração bate tão tranquilamente que parece até que vai parar a qualquer momento.

- Quer uma bebida ? - pergunto sem o olhar, mas sei exatamente que ele está se sentando no banco do bar agora e prestes a me olhar daquela maneira irritante de sempre.

- Não, estou bem. - responde com seu habitual tom de voz tranquilo. - Mais você não me parece bem, afinal essa é a sua terceira garrafa em quase duas horas. - completa e eu sorrio enchendo meu copo e em seguida o pego com uma mão e com a outra pego a garrafa e me viro o encarando nem um pouco surpresa com seus olhos verdes focados em mim.

- Estou bebendo por mim e por você. - digo divertida e ele sorrir de canto negando com a cabeça enquanto eu coloco a garrafa e o copo no balcão e em seguida me apoio no mesmo e pulo para o outro lado sentando no banco vazio ao seu lado, porém fico de frente para ele.

- Me conta o que tá te afligindo. - pede e eu o olho antes de pegar o copo encima do balcão.

- A vida é uma aflição sem fim, então como eu poderia não estar aflita ? - pergunto divertida e ele ri negando com a cabeça.

The First Alpha. ( The Curse )Onde histórias criam vida. Descubra agora