Toy Soldiers (Soldados de brinquedo)

Capitulo 114. E agora? - Final

Pov. Thiago

"Papai já estava a posto no portão da casa de praia, Bryan e Hana seguiram para sala junto de Vinicius que deixou claro que não deixaria os dois a sós, então Mike e eu seguimos pelos fundos a caminho do portão lateral que dava acesso a rua"

-Cara, isso tem que dar certo. - Mike resmunga dando partida no carro e seguimos para a casa de reabilitação, no caminho eu estava em silêncio prestando atenção na paisagem - Tá tudo bem?

- Sim, só que é estranho, ver a minha mãe assim.

-Sente falta dela?

-Muita. E você? Não fala sobre seu pai.

-Meu pai mora nos Estados Unidos com sua nova família, se ele não sente falta de mim eu que não vou me preocupar com ele.

-Sua mãe fala sobre ele? - Pergunto fazendo Mike se remexer no banco.

- Não muito, eu também não pergunto já que isso deixa minha mãe triste. - Mike observa o cruzamento e vai estacionando - Chegamos!

-Ótimo, meu coração tá quase saindo pela boca - Dou um leve sorriso e abro a porta do carro para sair - Faz meses que não vejo mamãe.

-Vai dar tudo certo - Mike caminha até minha direção e com um olhar de apoio vamos juntos para a recepção - Com licença?

-Sim? - uma moça de branco responde e encara Mike e eu.

-Estamos procurando Cris alguma coisa.

-Cristine Bragança, talvez Orleans agora - falo calmamente enquanto a moça digita algo em seu computador.

-Sim, Ela está cadastrada aqui, o que posso ajudar?

-Podemos falar com ela?

-Ela não pode receber visitas.

-Mas ele é filho dela - Mike de maneira mais alterada diz e a moça paciente apenas responde. - Mas..

-Sinto muito, mas são ordens médicas.

-Ele não vê a mãe desde o acidente com o Sr. Orleans. - Mike fala perdendo a paciência.

-A menina, a filha deles, ela tem permissão para visitar a Cris.

-Por que a Hana e eu não?

-Bem - a moça continua digitar em seu computador e se volta para mim - teoricamente ela tem a guarda da menina e ...

-E?

-Você pode visitá-la desde que esteja com seu cuidador e no horário de visitas, começa as 15 horas.

-Ótimo, não tem outro jeito?

-Infelizmente são regras do hospital - A moça sorri - Qual seu nome para deixar registrado aqui.

-Thiago Bragança, diga a ela que sinto falta dela. - Dou um riso de leve e um pouco triste e a moça volta sua atenção ao computador. - Já era, estava tão perto.

-Você pode vir com seu pai, relaxa.

-Ou, Hana pode vê-la agora. Exatamente agora - Digo um pouco mais animado e então Mike volta para a recepção pedindo um telefone para ligar. - O que está fazendo?

-Trazendo Hana para ca.

-Como?

-Calma, espera - Mike caminha pelo corredor e vai até uma sala sendo acompanhado por mim. - Com licença, preciso falar com a minha psicóloga Luciana Dawnson.

-O senhor é paciente?

-Visitante, fui informado que o horário de visita é as 15.

-Sim, pode usar. - um rapaz sorri gentil e caminha para fora da sala nos deixando a sós.