Capitulo 50. Tudo na vida é para complicar.

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Pov. Thiago.

"Estávamos conversando e jogando videogame animadamente quando o interfone toca e papai fecha seu semblante"

-Aconteceu alguma coisa? - pergunto preocupado quando vejo papai destravando a garagem para alguém entrar - Quem é?

-Marcela veio buscar Hana !

-O que ? Como assim? Você vai deixar? Papai?

-Hana a chamou aqui. É a vontade dela.

-Mas papai? - tento argumentar mas acabo sendo interrompido pela mulher linda com seu decote e sua saia de couro.

-Boa noite docinhos. - Marcela sorri e papai bufa a cumprimentando contra gosto. - Onde está a minha pequena? O que fez com ela seu brutamonte?

-Pode dormir aqui, não precisa levá-la Manuela.

-Por que insiste em me chamar pelo meu antigo nome?

-Combina com você.

-Mas sou outra pessoa. Uma pessoa melhor.

-Não é o que parece com essa saia apertada e uma blusa de duas numerações menores. -Papai fala sarcástico e era a primeira vez que vejo ele retrucar como um adolescente.

-Para um homem inteligente você está passando tempo demais  prestando  atenção na minha roupa Marechal Dom Raul. - Marcela o provoca - Ah e além do mais eu sou a mãe de Hana, sabe, meu sangue corre nas veias dela.

-Ser mãe vai além de ter o mesmo sangue sabia ? - interrompo os dois antes que meu pai se irrite ainda mais, mas quando Marcela vai me responder Hana desce as escadas com uma enorme mochila.

-Que isso? - Vinicius vai até onde Hana estava a segurando - Você não vai sair daqui. Hana para por favor. Não adianta não falar comigo. Hana?

-Poxa docinho,  minha filha não quer ficar com vocês, não entendem isso? - A mãe da Hana diz enquanto se aproxima de Hana segurando sua bolsa - Está na hora de irmos filha, você vai adorar meu cantinho, não é tão luxuoso quanto está casa, mas você vai amar lá terá muito amor.

-Marcela, não precisamos chegar nesse ponto, fique aqui com a Hana, o tempo que precisar.

-Depois a chantagista sou eu, bem já que tenho laços de sangue com a Marcela pode sossegar Dom Raul a sua encomenda está indo embora. - Hana fala ríspida.

-Hana? - chamo sua atenção, mas meu pai acab por ficar com raiva.

-NÃO VOCÊ NÃO VAI! VOCÊ É A MINHA FIL..

-ELA NÃO É A SUA FILHA!!

-EU NÃO SOU A SUA FILHA - Hana grita aos prantos - NÃO QUERO SER SUA FILHA.

-Hey, vamos se acalmar, gritar não vai resolver nada.  - Eu falo percebendo como meu pai estava em choque.

-Hana vamos conversar, você precisa me respeitar - Papai diz com a voz embargada, como se quisesse chorar.

-Dom Raul, a minha menina não quer falar com você, você deixou claro que ela não faz parte da sua família.

-De onde você tirou isso Marcela? Pelo amor de Deus. - Meu pai começa a andar de um lado para o outro.

-Ela me falou, foi o que você quis dizer.

-NÃO OUSE A ENVENENAR MINHA FILHA CONTRA MIM.

-ELA NÃO É SUA FILHA! 

-CHEGAAAAAAAAAAA !! PAPAI RAYFE ESTÁ TENDO ATAQUE. - Grito desesperado e papai corre para procurar a bombinha dele.

-Oh Meu Deus - Hana também procura.

Toy Soldiers (Soldados de brinquedo) Onde histórias criam vida. Descubra agora