Toy Soldiers (Soldados de brinquedo)

Capitulo 25. O copo esta quase transbordando.

Pov. Hana

"Tudo havia parado, eu não conseguia respirar, me mexer ou falar, eu só escutava tudo a minha volta, vozes, movimentações e pera ai, era o Dom Raul? Cantando?"

- Minha cor, minha flor, minha cara – Raul alisava meu rosto, eu sentia o toque de suas mãos na minha pele e eu queria chorar – quarta estrela, letras, três, uma estrada. – Ele sempre dizia que eu era sua quarta estrela, os outros três eram os meninos, por que eu fiz isso? Eu vou morrer? – não sei se o mundo é bão, mas ele ficou melhor quando você chegou e perguntou, tem lugar pra mim. – Sinto uma lagrima pingar em meu braço, pai Raul estaria chorando? Eu quero acordar, isso é tortura. – não sei se esse mundo esta são, mas pro mundo que eu vim já não era, meu mundo não teria razão, se não fosse você ...

"Meu coração palpitou eu senti meu pular dar um baita choque, os médicos entraram na sala correndo massageando meu tórax e quando dei por mim minha respiração voltou e tudo que eu não havia chorado antes chorei agora de uma vez. Meu pai estava estático me olhando com os olhos vermelhos como se estivessem sido esfregados na pimenta, ele me olhou e segurou minha mão, sorri com isso e meu coração foi se estabilizando, até que eu dormir. Não sei ao certo quanto tempo eu dormir, acordei e papai estava do meu lado na poltrona"

-Pai? – O chamo baixinho o acordando.

-Hana? Oh meu deus minha filha, meu amor, minha estrela, como esta se sentindo? Quer que eu chame um medico? Dói em algum lugar?

-Calma, calma, estou bem na medida do possível. – observo os fios ligados ao meu peito – isso incomoda.

-Marquei uma consulta na psicóloga pra você.

-O que?

-Não podemos fingir que não aconteceu.

-Eu sinto muito mesmo, machuquei muitas pessoas importantes – Abaixo meu olhar e papai ergue meu queixo me mantendo com a cabeça erguida.

-Filha, todos se preocupam com você, você é importante para nós, para seus amigos, Olivia e Lucas estavam aqui por você, sabe que podem contar com a gente para o que precisar.

-Eu sinto falta da mamãe, eu sinto falta demais, ela me entendia, não que você não entenda, mas você se esforça para entrar em uma mente feminina, e minha mente é toda atrapalhada.

-Eu estou aqui para te ouvir, sempre que precisar, seus irmãos também. – ao terminar a frase reviro meus olhos e meu pai me repreende – Sem revirar os olhinhos para mim princesa,

-Não foi para o Senhor, é que os meninos nem ligam pra mim e – papai da uma gargalhada e retorna sua atenção para mim. – O que foi?

-Acha mesmo que eles não se importam? Ontem castiguei dois deles e um ainda esta em observação, tudo porque Rayfe não consegue  controlar suas emoções.

-Rayfe ? como assim? Ele é o mais quieto.

-Mesmo?

-Não hahaha acho que são todos iguais em intensidades diferentes.

-Rayfe saiu escondido, pilotou uma moto sem permissão e Thiago foi atrás dele. Resultado ? bom não foi né?

-Chocada, se eu estivesse lá nada disso teria acontecido.

-Teria sido pior né? – papai brinca me fazendo rir.

-E o Vinicius? Como esta?

-Ele esta bem, um pouco fechado demais, parece que não se importa com nada, mas no fundo ele esta sofrendo, eu vejo nos olhos dele.

-Eu fiz todo mundo sofrer, eu sinto muito, eu não queria, eu me sentia sozinha sem vontade de viver, eu pensava que vocês não queriam mais saber de mim – começo a chorar – Achei que não quisesse mais que eu fosse sua filha.