Toy Soldiers (Soldados de brinquedo)

Personagem Hana Orleans

Pov. HANA

" Vocês devem me achar a pessoa mais irritante do mundo, ou algo assim, devem me odiar com tantos julgamentos e historia dos meus quase irmãos. Mas a verdade que não te contam porque eu me comporto dessa forma, afinal o lobo mau sempre será mau se você escutar apenas a versão da chapeuzinho, estou errada? O que eu posso dizer é que minha mãe me abandonou quando eu tinha meses de vida, meu pai fez o possível e impossível para me dar todo o amor do mundo, com meus 10 anos de idade conheci minha pediatra a Cristina e ela foi como uma mãe para mim, Cris e meu pai se casaram logo depois, eu era uma criança, na mesma idade de seus filhos. Pensou que viveríamos felizes para sempre? Todos juntos, família feliz de café da manha? Estão errados. Logo que fui morar com eles, minha vida começou a ser um inferno, eu só queria me encaixar, fazer amigos. Cris me tratava como uma mãe, ela sempre quis ter uma filha e esse dia chegou, eu era a sua filinha, fui cordialmente aceita pela família toda, até pelo ex marido da Cris, que nossa ele foi meu segundo pai, me ajudou com tudo o que precisei, lá se vão 7 anos (risos) e meu pai Dalton foi imensamente grato a ele por isso, tanto que Dom Raul prometeu a meu pai que cuidaria de mim como sua própria filha, logo antes de meu pai falecer, mas nem tudo o que reluz é ouro, os ciúmes de Vinicius que ate então era o queridinho da família, se pairou sobre mim, e ele me culpava por tudo. Mas aí, paciência tinha limite. No dia que virei a piada da escola, Eu amadureci, cresci, e decidi jogar o jogo deles. Eu sei que pego pesado, e muitas vezes eles pedem arrego, mas eu só paro quando EU QUISER. Depois de todo acontecido, da humilhação no colégio, mandei os Bragancinhas para longe, e eu me tornei a princesinha que sempre fui, tooodos fazendo o que quero, inclusive o Ray. Vinicius começou a ficar com mais raiva, e mesmo de longe a gente sempre se estranhava. Mas hoje estou indo pra casa deles, vou morar temporariamente lá, já que a minha mãe Cris (mãe dos meninos) está internada em uma clínica, depois que perdemos meu pai. Como sou menor de idade Raul será meu tutor, como ele havia prometido a meu pai, eu ainda estou bem triste com tudo o que aconteceu, Dalton foi um ótimo pai, e ele era tudo o que eu tinha, decidi aceitar a proposta se eu pudesse escolher meu próprio quarto''

- Oieeee Ray - Sorri e acenei para o Rayfe que estava do outro lado da estação. - Que saudades

-Baixinha linda, que falta você me faz. Não te vejo há anos

- Quanto drama.

- Você está muito bonita Hana

- Tenho 17 anos né? Deveria mudar algo não acha? - falei irônica fazendo menção dele carregar minhas malas.- espero que o restante das minhas coisas chegue até amanhã, era pra eu ter pedido para entregar ontem, mas eu queria fazer surpresa

- Os meninos devem querer saber onde estou - Rayfe diz pegando o celular, ele estava muito atraente, cresceu bastante e seus cabelos estavam lisos e caídos, seus olhos parecia um cristal, lindo demais, a família Bragança era linda mesmo isso eu devo admitir,peguei o celular e praticamente gritei com o Thiago, achei isso engraçado, o mesmo desligou após ter gaguejado e eu estava rindo muito. - Você hein.. qual é o plano?

- Que plano bebê? Você não vai pra escola? Hoje eu não vou, primeiro vou escolher meu quarto e arrumar minhas coisas

- Entendi, vai estudar no Cornélios né?

- Lógico que sim, o colégio é o melhor da elite de São Paulo. - segui o Ray até o uber e me virei ajudando o mesmo a colocar minha terceira mala no porta malas do veículo e entrei. - Qual é o quarto do Vinicius mesmo?

- A segunda porta à esquerda. - Rayfe sorriu negando com a cabeça. - você não tem jeito hein tampinha

- Desde quando você defende seu irmão? - Encarei sorridente.

- Não estou defendendo, só quero te lembrar que as circunstâncias mudaram muito desde que viemos morar com o nosso pai, é bem diferente da mamãe.

- Diferente como?

- Um respiro fora de ritmo e as consequências podem ser caras demais

- Tipo?

- Ah Hana, tem que falar mesmo? Você sabe como o pai é, a diferença era que lá no litoral a gente só via ele quando aprontávamos ou ele passava um período lá, aqui, vemos ele todos os dias, ordem pra lá e pra cá .

- Que barra, se não obedecerem? É castigo??

- Dependendo das circunstâncias sim, as vezes uma surrinha de leves - Rayfe estava vermelho de vergonha, e me olhou quieto - de cinto.

- Hahhaha que ilario. Daria minha alma só pra ver o Vinicius com pose de machão a pegador , apanhando do papai - Gargalhei fazendo Ray rir também.