Capitulo 109. E agora?

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Pov. Thiago

"Eu estava super preocupado e acredito que meu pai também, Hana estava convulsionando no banco de trás do carro, eu estava ao seu lado molhando seus pulsos com água gelada, papai acelerava o carro e buzinava indicando que alguém estava passando mal, então os demais carros davam passagem, no meio do caminho ele ligou para o Dr. Bittencurt que rapidamente conseguiu uma vaga em seu hospital"

-POR FAVOR ALGUEM ME AJUDA, MINHA FILHA ESTA CONVULCIONANDO!!!! – Meu pai começa a gritar ainda no estacionamento do hospital, rapidamente um grupo de socorristas vieram a nosso encontro com uma maca e levaram Hana para area de emergência, papai e eu corremos ate onde podíamos, pois logo fomos barrados.

-Aguardem aqui por favor – Um residente com uma prancheta nos acompanhou até a sala de espera.

-Ela vai ficar bem? – perguntei humildemente e o menino apenas sorriu fraternamente.

-Claro que vai, confiem, volto com noticiais, naquele lado fica o cantinho do café podem ficar a vontade, é por conta do chefe. – O garoto sorri simpático.

-Depois dessa a Hana vai ter que casar com o Lucas – Brinco em uma péssima hora.

-Engraçadinho né? Não me faça perder minha pouca paciência que resta com você.

-Só estava brincando papai, credo.

-Credo digo eu, deveria estar pensando em como agiu hoje e não fazendo brincadeiras desnecessárias, ainda temos muito o que conversar.

-Que ótimo, por mim pode ser aqui mesmo – falo com desdém e papai apenas me olha de sobre sala. – Desculpa eu não.. desculpa.

-Se quiser podemos conversar aqui, é seu desejo Thiago.

-Claro que não – rapidamente respondo meu pai que sorri debochado – desculpa vai.

-Minha preocupação é com Hana, vamos rezar para ela ficar bem.

"Um tempo se passou, um pouco mais de uma hora, meu pai havia ido conversar com a médica e por ordem dele fui buscar um café, mesmo eles falando baixo eu pude me esforçar e ouvir um pouco"

-Eu perdi a cabeça, quando a Senhora me contou que Hana tinha acabado de perder a virgindade com o Lucas, eu fiquei perplexo, eu não sabia como agir, eu tenho filhos meninos, não sei lidar ainda com uma menina, não sei o que dizer, o ciúmes paterno tomou conta de mim, como minha garotinha não é mais uma garotinha – Papai suspira e continua – Tem o lance também que você me disse que ela pediu para você mentir sobre um atestado de repouso, Hana sabe que eu detesto mentira, não sei por que ela fez isso, me senti traído pela mentira, perdi a cabeça e depois do que você me falou sobre a Marcela fiquei mais irritado ainda, Hana não tinha o direito de dizer que prefere a mãe do que a mim.

-É Dom Raul, ela prefere a mãe pois assim ela tem mais liberdade, Hana mesmo me disse isso.

-Ela esta bem? Posso falar com ela ?

-Você bateu na menina Raul?

-Sim, eu educo meus filhos desta forma. – papai estava desconsertado com a pergunta da medica.

-Sabia que Hana é alérgica a Sabugueiro?

-Como?

-Sua filha relatou que o senhor a bateu com uma vara formada de uma arvore, analisando o sebo detectamos ser de Sabugueiro, sua filha é alérgica, os sabugueiros contem glicosídeo uma substancia que cria cianeto, por pouco sua filha não morre Dom Raul – A frase da medica foi curta e grossa, eu levei um choque quando escutei aquelas palavras, meu pai ficou branco.

-Eu? Eu? Não sei o que dizer, nunca agi dessa forma – Meu pai senta desolado na poltrona olhando para o nada, claro que ele amava Hana, ele só se deixou perder sob a raiva que essa médica fez, ela falando já me deu raiva.


-Com licença Senhor Dom Raul? – dois policiais caminham em direção ao meu pai, eu prontamente ando até o seu lado.


-Sou eu. Algum problema?


-O senhor esta preso por maus tratos infantis -    um dos policiais saca a algema enquanto o outro revista meu pai.

-O senhor tem o direito de ficar calado, tudo o que disser pode e será usado contra você no tribunal.

-COMO? ACHO QUE ESTA TENDO UM MAL ENTENDIDO, VOCÊS NÃO PODEM ALGEMAR MEU PAI – Começo a gritar desesperado, eles não podem prender meu pai.

-Calma filho, esta tudo bem, ligue para o seu avô, o mais rápido possível irei para casa.

-Pai diga que é um mal entendido, diga a eles papai..

-Filho, faça o que mandei, ligue para seu avô ficar com vocês, eu irei desfazer ISSO TUDO, prometo – papai da um beijo na minha testa e seus olhos estavam vermelhos como se segurasse para não chorar.

-O senhor tem o direito de ficar calado.

-Senhor policial, sei dos meus direitos como civil, mas Hana é minha filha, jamais iria machuca-la eu só...

-Ela não é sua filha, verifiquei através da denuncia que tem um processo em andamento sob a guarda da adolescente Hana Orleans, entre você e a mãe biológica da garota Manuela Orleans, por medida protetiva você não pode chegar a 500 metros próximo a menina, esta claro?

-Mas ele é o pai dela – Falo rapidamente – E que denuncia? 

-A denuncia de maus tratos partiu deste hospital.

-E esta aqui a analise coletada Senhor Policial – A medica entrega um prontuário aos policiais, vaca, ela foi a culpada disso. – A menina esta bem debilitada e precisara de repouso, ela ficara com quem?

-Com a minha mãe, ela é a responsável legal dela. – falo e a medica me arrasta para o canto.

-Sua mãe é uma doente mental, não tem como cuidar de uma criança, alias ela é a minha paciente e se depender de mim meu jovem, ela não vai sair do sanatório nunca. – A moça petulante diz e nem treme sua cara.

-Por que esta fazendo isso? A troco de que?

-Hana é uma Orleans, o meu cliente também – A medica sorri faceira e some pelo corredor, agora entendi tudo, Marcela pilantra, salafraria.

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Pov. Vinicius

"Estávamos muito preocupados com tudo o que estava acontecendo, e ficamos mais mil vezes mais preocupados quando Luciana aparece chorando depois de atender uma ligação"

-Meninos, fiquem aqui por favor, prometam que não vão fazer nada.

-Mãe? Esta tudo bem? – Mike se levanta e caminha até Luciana que o abraça ainda chorando – mãe o que foi?

-Tudo vai ficar bem, por favor, não façam nada até eu chegar, me prometem.

-Mas Luciana – Rayfe encara a moça preocupada e depois observa seus pés – Prometemos se contar o que aconteceu.

-Nada de chantagem emocional comigo meu amor, fiquem aqui, conto quando chegar. – Luciana pega sua bolsa e sai porta a fora em uma velocidade desconhecida.

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Capítulo curtinho, só para avisar que voltei 😘😘

Toy Soldiers (Soldados de brinquedo) Onde histórias criam vida. Descubra agora