As vezes parecia que ele não batia bem, mas a verdade que era um homem batalhador e zoeiro para caralho, ano passado Mônica teve um câncer, ele pensou em vender o bar com a casa dele que fica em cima e tudo para pagar o tratamento, mas então eu paguei tudo.
Todos os exames, no melhor hospital que achei em São Paulo, levei ela e busquei em todo o tratamento, Mônica até havia perdido os cabelos que agora já estava grandes, com trancinhas de apliques feitas com lã preta. Eles são fodas para caralho, gosto de mais dos dois, são a família que adotei, ou melhor eles me adotaram, mas eu faria de tudo por eles.
A barbearia do Caio estava aberta, e Toinho ta sentado na cadeira sendo atendido por Caio, e seu Juca na porta.— Porra velhão, acabei de ver seu filho, como cê tá? — falei cumprimentando Juca com um meio abraço após um aperto de mão.
— To não.
— Não tá?
— To não, to de mal humor, hoje Cidinha chegou me dando bom dia de manhã, bom dia — deu uma pausa — Falei: vai tomar no cu.
Caio riu do lado de dentro sem parar.
— Ou mano — disse rindo — Mandou Cidinha tomar no cu, esse velho é louco.
— Louco meu saco — disse Juca e Caio e Toinho riram.
Eu ri também.
Que figura.
Caio dobrou a navalha e me cumprimentou, apertando minha mão e um meio abraço de parceiro.— Fala porra...
— Não abre mais esse muquifo não?
— Se foder!
— Caraio cê tá gordo em bichão — falei alisado a barriga de banha Caio
Ele estava e era muito, muito gordo mesmo, sempre foi.
— Tô competindo com você caralho — disse ele batendo na minha barriga que era um filé perto da dele — já tá de alguns meses né carai?
— Nada, já tá até nascendo, puxa perninha aquí ó — falei pegando no meu saco
— Vai se foder — ele falou me empurrando e chutando minha canela sutilmente com o pé e rindo.
Cumprimentei Tonho.
— Parou com academia? — perguntou Caio
— Parei pô, cansei, agora só malho na cama.
— Mas o baguio é bom cê ainda tá com o corpo em forma, tá acara daqueles chugar, suggar daddy lá que os viado gosta. Sei lá o nome dessa porra.
— Tá antenado viu bichão! Que ideia é essa?
— É nisso que dá ter sobrinho viado, ele te viu dia desses aí soltou uma dessas dentro do meu carro, disse que se te ver de novo monta em cima
— Sai para lá caralho! — falei
Todos riram.
— Esse mundo tá perdido né porra? Tem que votar Bolsonaro de novo para dar um jeito
— Aí também não né caralho! — respondi
— Vota nele não? — perguntou
— Eu não, seu Juca que vota. — retorqui
— Voto o caralho, nem fui votar da última vez.
— Foi não? — perguntei
— Também não — disse Caio
— Tanto faz eles tão com a vida feita, porra de política, votei nulo da outra vez, ano que vem não sei nem se vou estar vivo — falei.
— Então, foda né — resmungou Caio cortando a barba de Toinho.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Ordem do Caos
Romance------- Obra para maiores de 18!!! ------- Queria virar ele naquele sofá, arrancaria ou rasgaria o seu shorts que parece ser um tecido leve, e ergueria a bundinha arrebitada dele o colocando de quatro eu certamente a deixaria vermelha de tanto tapas...