Fim

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Ele está estranhamente bonito, estranhamente radiante, estranhamente atraente e tudo. Se aproximou de mim, e por um momento achei que estava sonhando, eu estou sentado na cama coçando os olhos de sono, e ele segurou minha mão sentando no meu colo.

— Bom dia dorminhoco.

— Por que não me acordou? Eu ia buscar nossas roupas sete horas lá...

— Eu peguei já, quis deixar cê dormir mais um pouquinho.

Dei um sorrisinho.
Esse é o cara certo, ele sabia me agradar.

— Passei lá no cartório, eles adiaram o casamento.

— Ah amor, tá brincando? Você quem adiou.

Ele riu e me deu um murrinho no ombro.

— Só tiraram das nove horas e passaram para dez e meia — riu — É que deu um imprevisto lá, eu não sei. Mas não tem problema assim temos mais tempo.

Ufa, pelo menos ainda íamos casar.

— Não vai se livrar de mim gatão — Disse ele e beijou minha bochecha

— Eu não quero.

— Ótimo. Agora levanta feinho, vai tomar banho — Disse ele — e eu já vou trazer sua roupa.

— Não vai tomar banho comigo?

— Nego, não dá minha mãe está aqui, o Gabriel tá lá embaixo, a Lisa... enfim vai que quero te mostrar uma surpresa.

Ele se levantou saindo do meu colo rumo a saida.

— Iiiih, odeio surpresas Amor, cê sabe disso. — dei uma pausa e segurei a mão dele antes dele ir — Onde você colocou a arma? — falei baixinho me dando conta que a mesma sumiu da estante.

A afeição dele mudou, de alegre para preocupado.

— No mesmo local que estava.

— Amor, eu vou dar um jeito ok? — falei me levantando e me dei conta que estava nu, somente o lençol tapava minha nudez. — Vou dar um fim nela.

Taz empurrou a porta ao notar que eu estava peladão a fechando de modo discreto, ficou encostado na mesma de modopensativo.

— Não precisa fazer as coisas por minha causa — ele disse meio arrependido — eu... Bom eu vejo a maneira que você dorme, seus pesadelos constantes e seu medo de acontecer algo. Eu entendo isso... De verdade, mas eu queria que você parasse de achar que é um herói. Queria que você ao menos pensasse que com uma arma ilegal não corremos riscos só de um bandido entrar aqui mas também da polícia né? — Ele falava enquanto caminhava para o banheiro e parei na porta o olhando após enrolar a toalha na cintura.

— Sim, você tem razão. Tem razão Taz. Eu não quero mais problemas eu só... Só tenho que parar de ser o herói. Vou dar arama para o Bazuca dar um fim nela.

— Amor, promete para mim que não está brincando, que não está falando isso só para me agradar? — ele falou

— Claro. Claro que não estou falando isso para te agradar — me aproximou dele e segurei sua cabeça com as duas mãos o fazendo me olhar — eu vou devolver essa merda para o Bazuca, eu vou tentar esquecer qualquer contato com o crime tá? Ao menos tentar ter uma vida normal.

— Não precisa se afastar dos seus novos amigos do campo, aqueles que não valem nada — disse o Taz.

— Eu nem sabia que um deles havia sido preso por agressão vida, eu só sabia que o Pipoca era agiota. — falei — Mas vou escolher minhas amizades, por vocês né, você o Gabriel.

A Ordem do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora