Miguel parou seu carro de frente para um barzinho desconhecido, e saiu do carro apressado. Entrou lá feito uma bala, saiu feito outro tiro entrando no carro e colocou o pino de pó branco na minha mão. Acelerou o carro, eu segurei o pino com força, tentando conter a vontade mas o abri, coloquei a ponta do dedo mindinho dentro e chupei o mesmo sentindo o gosto adormecer na boca passando a cima da gengiva. Despejei um punhado nas costas da mão e cheirei, dei um tiro rápido, e assim que pó inalado invadiu meu pulmão senti meu corpo e meu nariz queimar, Miguel me olhou meio assustado enquanto dirigia.
Repeti o processo.— Kauã, da uma segurada, caralho! Porra, que merda você está fazendo?
Me dobrei sob ele, ele ainda estava assutado, estávamos chegando no prédio do apartamento, estiquei meu braço para debaixo do seu banco e puxei sua nove milímetros.
— Kauã — disse ele.
— Te conheço Miguel achou mesmo que eu não saberia onde esconde sua arma, eu que te ensinei — falei balançando a arma checando se a mesma estava carregada.
Havia uma multidão do lado de fora do apartamento, um acoplado de policiais e imprensa, além das pessoas, coloquei a arma na cintura cobri com minha camisa larga e branca.
— Valeu pelo pó, e arma — falei saindo do carro tomado pela adrenalina.
Ele ficou em silêncio, saiu do carro vindo atrás.
Eu precisava daquela dose de agitação no cérebro ou acabaria caindo duro por ansiedade, precisava daquilo ou não faria nada pelo Taz.— Kauã, porra Kauã o que você vai fazer? — disse Miguel assustado
Eu não sabia, mas eu iria subir, eu iria até o Taz e o Gabriel, eu só precisava pensar numa maneira de passar pelos policiais que eram muitos.
Analisei a situação, eu estava fervilhando em adrenalina, é o que a codeína faz com seu cérebro, uma relaxante onda de adrenalina como se ativasse todos os seus neurônios e sem dar brecha eu descobri alguma brecha, e sem consciência alguma me peguei dentro do prédio já subindo as escadas trombando entre a paredes, o efeito estava meio forte, as escadas pareciam até se mover, subindo os lances de escada até o 8º andar, era onde eu morava, eu não sei por que eu evitei o elevador mas acho que o motivo mais claro era por que entrei de algum modo muito ilegal no predio, eu podia estar colocando a vida de todos ali em risco.O oitavo andar também estava com policiais, uma equipe tática que ao me ver se assustaram.
— Senhor não pode estar aqui, evacuamos o prédio, deve sair — disse um deles me empurrando
— Não — falei tentando avançar no corredor.
Os policiais me empurraram.
— Para trás. — disse um deles — Como que esse homem subiu?
Segurança falha de merda, sempre falha.
— Ae Zé! — gritei entre os ombros dos policiais que tentavam me conter — Cuzão do caralho, libera o meu moleque eu estou aqui! Sou eu quem você quer!
O policial arrogante para caralho me empurrou contra a parede indo me augemar e naquela mesmo hora a porta do apartamento fez um eco, um trinco correu, os policiais pararam olhando assustado por dentro de seus óculos escuros. A porta se abriu e deu para escutar o choro do Gabriel, um rapaz segurava ele quase que pelo pescoço em seu braço com a arma na cabeça. Quem coloca uma arma na cabeça de uma criança, que cuzão!
— Passa para dentro Kauã.
— Vamos fazer uma troca! — disse o policial entendendo que eu era um ponto chave — O bebê pelo homem?
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A Ordem do Caos
Romance------- Obra para maiores de 18!!! ------- Queria virar ele naquele sofá, arrancaria ou rasgaria o seu shorts que parece ser um tecido leve, e ergueria a bundinha arrebitada dele o colocando de quatro eu certamente a deixaria vermelha de tanto tapas...