Allan é ardiloso, não poupou esforços, ele me encarou por cima, quase como se fosse o vilão de um filme na qual eu não queria participar, e mantive a postura parado o olhando por cima do queixo movimentando só meus olhos o encarando feio, de cara fechada, a mais brava que eu podia fazer, retesando os labios.
— Ah, bom... Eu sei que você é robusto, selvagem sabe? — fechou os punhos como se socasse o ar — gosto disso, e as vezes o crime se combate com crime. Preciso apagar uns caras... Uns merdinhas aí, e sei que você é desses, como dizem? Herói da comunidade?
— Allan, eu não posso cara, cara eu estou limpo, de verdade mermão... Eu...
— Ah quanto mimi, porra Lobão, seguinte mermão cê faz o serviço mata os cara eu livro sua barra. Sei que cê já matou outros caras, não é? Deitava meus homens na bala, ou acha que esqueci o que fez com Davi? Tiro na nuca, por trás? Que golpe baixo.
— Fala baixo porra — tive vergonha daquilo — E se eu for pego e aí, quem paga o pato?
Meu medo era que Taz aparecesse ali, mesmo que ele soubesse que eu tinha feito coisas erradas ele não sabia com detalhes, não precisava saber, eu teria vergonha se ele soubesse das merdas que fiz, matar, roubar, agredir pessoas, até mesmo torturar. Eu fui um merda nesses últimos anos após sair da prisão, e na prisão também fui.
— Se for pego mesmo que vá preso alívio sua barra para que não fique preso por muito tempo, caso contrário te prendo aqui agora e não vai ter barra aliviada, eu conheço você, sei quem você. — explicou Allan
— É? — cerrei os olhos — Acusação do que?
— Você escolhe, assalto? Morte? Tráfico? Homicídio. Kauã não seja burro. Você pode ser mais inteligente sabe que não preciso de prova nenhuma contra você.
Respirei fundo.
Que enrascada!
Acho que o Allan quem estava merecendo morrer. Toquei no meu bolso e senti meu celular, foi como se acendesse uma lâmpada acima de minha cabeça, suei frio com a ideia, e naquele mesmo momento era uma ideia tão boa e tão arriscada que senti um temor ansioso me invadir. Disfarcei o suficiente e como ele estava um pouco mais a frente de mim, peguei o celular discretamente. Coloquei as mãos segurando o aparelho nas costas e olhei para além das grades bem ao longe, na rua do outro lado, do lado de fora do condomínio.— Aquela ali não é a.... — inventei
Ele olhou para além da grade curioso. Foi o tempo de eu apertar os botões atalho para o gravador e rapidamente sem nem conferir se estava gravando, coloquei o celular de volta no bolso torcendo para que o mesmo estivesse realmente gravando.
— Não, não é quem eu estava pensando — falei em seguida e ele me encarou meio torto — Tá me ameaçando cara? Eu tô de boa, tô limpo já cumpri pena tá ligado? — incitei
— Uma vez na vida errada sempre na vida errada cuzão, não vem com essa historinha de que é santo porra, é assim que a polícia trabalha as vezes não podemos fazer o serviço sujo, preciso que alguém faça e você — ele me olhou — Você é perfeito.
— Para que é esse serviço afinal, que serviço de merda é esse?
— Tem uns cana tá ligado, uns policiais novato, certinho de mais essas parada sabe, eles estão meio que me investigando e sabe como é quando tem um mal a gente corta pela raiz. Eu vou te mandar uns arquivos, dos cara que tem de matar para mim, e aí meu amigo, cê faz o serviço, mas vai com calma... Vê se não estraga a parada, são três se tu matar dois já alivia minha barra, da um espaço nas mortes tá ligado? Sei que posso confiar em você, não é?
— Não, na verdade se eu fosse você não confiaria tanto em mim assim — falei erguendo as mãos segurando o celular.
Ele olhou naquela hora para o celular, A tela acessa mostrando a gravação sendo feita.
Ele foi burro, muito burro, burro pá caralho, não se encomenda uma morte a esse modo, disso eu já sabia, eu sim era macaco velho, quando quiser incomendar a morte de alguém faça num lugar invisível aos olhos e aos ouvidos.
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A Ordem do Caos
Romance------- Obra para maiores de 18!!! ------- Queria virar ele naquele sofá, arrancaria ou rasgaria o seu shorts que parece ser um tecido leve, e ergueria a bundinha arrebitada dele o colocando de quatro eu certamente a deixaria vermelha de tanto tapas...