Cento & trinta & um

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Eu entendo o que ele está querendo dizer, e mesmo parece do um tarado no cio nos últimos dias não sinto que eu deva, por incrível que pareça eu estava tentando a resistir ao Taz. E a verdade? Está difícil para caralho, desde nosso banho não consigo controlar a vontade de atolar meu pau dentro dele, mas tô relutando e relutando, e agora esse pedido?

— Taz, melhor não, vamos fazer tudo certo vai, tipo a gente nem fez nada e você ficou com remorso — tirei a venda.

— Eu sei, eu sei mas eu... Kauã, eu só...Eu.. agora. Eu quero muito fazer isso com você, eu.... Quero esquecer ele um pouco e meu medo e tudo. Eu quero...

— Tarcísio — o interrompi

— Por favor me come logo — ele colocou a mão no meu peito e me empurrou na cama subindo em cima de mim e eu ri — Me fode que nem uma putinha

Eu ri, em seguida ele também, se aproximou me dando um beijo.

— Eu quero que você me foda, eu quero que segure minhas mãos assim — ele colocou meu braço para cima contra a cama — Quero que me morda — ele mordeu meu peito e pescoço de leve — Eu quero que... Você me bata, me dê uns tapas, e que dede forte igual aquela vez que quase me fez gozar socando seu dedo em mim.

— Taz... — estava tentando ser resiliente mas eu não conseguia negar o fogo, minha rola não descia direito desde o banho e meu saco já estava doendo daquela ereção toda.

— Você fez isso com outros homens. Eu quero que faça comigo... Eu quero saber as regras eu quero...

Virei ele na cama colocando ele embaixo de mim. Ele riu, eu ri.

— É assim que você quer? — segurei as mãos dele

— Uhum — Ganiu ele.

Então me aproximei dele como se fosse o beijar, ele levantou um pouco a cabeça para encostar em meus lábios e eu me afastei mais deixando ele na vontade.

— Vai ficar na vontade de me ter — falei baixinho

— É essa a graça?

— Vai me ter quando eu quiser te ter — falei e peguei no seu pescoço e ele riu.

— Sim senhor — Murmurou

— E vai ser um bom menininho  — falei apertando sua garganta

— Uhum

— Vamos montar uma regra simples, vermelho eu paro, amarelo eu reduzo a intensidade, certo?

— Certo... Igual semáforo

— Isso. Igual — me aproximei dele quase o beijando novamente segurando seu pescoço com uma mão e seus punhos com a outra. — Você não pode relutar okay? Não é uma brincadeira, se não quiser cê diz as cores. Então vale tudo, pode pedir para mim parar e vou continuar, pode falar não e irei fazer de qualquer forma, entendeu? Essas palavras não funcionam.

— Tá.

— Só vou parar com as cores, fui claro?

— Uhum — ele disse me olhando cheio de vontade.

— Certo, não temos brinquedos senão essa venda, vamos improvisar okay?

— Certo — ele deu uma pausa — Só não me deixa marcado eu não quero que Gustavo...

— Shhh, fica quietinho eu que resolvo isso.

Ele riu.

— Esse tom de voz me dá tesão — ele murmurou

— É? — lambi seu pescoço e subi até sua bochecha lentamente.

— Muito, muito tesão.

Eu ri, ele riu .
Eu sei que não vou conseguir fazer isso, não vou conseguir ser um homem violento para o Taz, não dá para entrar no personagem, o máximo que eu conseguiria seria dominar ele, mas isso eu conseguiria em qualquer sexo, eu ainda tinha mais força que ele, mais postura.
A graça do sadomasoquismo é a linha tênue entre dor e prazer e eu tentarei fazer ele sentir dor e prazer. Tiro  a mão de seu pescoço, e de seu punho, pego a venda na cama e me levanto, em seguida lanço um riso meio desconfortável, ele ficou quietinho me olhando, acho que no fundo ele sabia que eu não queria o machucar, não queria transar batendo nele, não batendo de verdade como eu fazia com outros homens a ponto de machucar.

A Ordem do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora