Vinte & oito

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Escolhi o melhor celular foda-se, comprei o último iPhone o 13 que havia lançado em setembro, era melhor que o meu, eu não ligava muito para celulares mas no caso dele ia ser um top, paguei a vista, sem pestanejar, mandei embrulhar e tudo, e por fim minha ansiedade ficou ainda maior, todas as caixas eram meio grande no pé da árvore a minha era a menor. Engraçado, mas aposto que era a mais cara.

Fiquei o dia todo cantando aquela música mentalmente.

O balanço e bom de mais, o balanço é bom...

E nem era o tipo de música que eu curtia, mas eu gamei nela, principalmente nele cantando.

{...}

— Bom… o meu amigo — disse eu era a minha vez — Ele é… — Engoli seco.

Eu não sabia o que dizer, estava envergonhado por que todo mundo se declarou, tia Lúcia quem me tirou, para minha surpresa, agora restava a dúvida se ela trocou, ou foi ela mesma que me tirou e ela me deu uma camiseta original do flamengo, ninguém cumpre a regra dos 100 reais as vezes.

— Fala logo caraio — disseram alguém me tirando do transe que eu estava pesando.

— Ah… sei lá, como vou dizer? — falei segurando a caixinha então eu ri

— Fala as características... — disse tia Lúcia.

Ele é lindo parece um anjo, é meigo, e quando tô perto dele eu esqueço quem sou, quem fui, o que eu era? Eu esqueço até mesmo do meu lado safado e sadomasoquista, esqueço quem sou por que ele é algo que eu acredito que estou apaixonado mesmo não acreditando em paixões. Eu não sei, ele é um alguém que me faz acreditar em sentimentos que nunca senti e eu me sinto um babacão.

— Bom, ele parece um anjo, é homem — todo mundo ficou quieto.

— Ih sou eu! — disse Ju e todo mundo riu.

— Não, não é o Ju, ele…. Ele ri bastante e é meio acanhado — acrescentei sem olhar para ninguém, olhando apenas para a caixa na minha mão.

Podia ser um dos meus tios, mas não nenhum dele parecia se com um anjo.

— É o tio Edney — disse Lívia

— Mas esse aí parece o capeta — disse Robson e todo mundo riu.

Todos estavam arrumados para o natal, Taz estava bem arrumadinho e seu cabelo estava com aquele arquinho exibindo sua testa pequena, meu Deus ele era muito lindo. Nunca achei que um homem de arquinho ficaria lindo mas nele? Nele ficava normal, não o deixava menos masculino.
Molhei os lábios com a língua.

— Bom ele nunca passou o natal com a gente e além de tudo eu cedi minha cama para ele.

— É o Taz — gritou a tia dele.

Eu sorri esticando o presente para ele.
Essa era a sensação da felicidade que eu não sentia a muito tempo? Todos deram risadas e gritaram zoando, ele se levantou acanhado de mais e foi até mim pegar, quando ele segurou a caixa, nossos olhos se laçaram, e merda eu senti os carinhos dele da noite passada, noite passada ele tocou com a ponta dos dedos meus lábios, e eu beijei sua mão, senti sua textura.
Queria beija-lo novamente qualquer parte de seu corpo.

Ele pegou a caixa, e se sentou na cadeira no meio de todo mundo para abrir o presente.
Quando abriu, todos ficaram boquiabertos.

— Porra eu sabia que ele ia fazer merda, o Kauã não sabe brincar — disse Robson.

O Ju me olhou, surpreso, tão qual como a Lúcia. Merda eu exagerei, eu exagerei mesmo, porra eu podia ter dado isso no sigilo, sei lá, caralho que merda eu fiz. Taz não entendia o valor daquilo, acredito pois ele olhou para todo mundo meio confuso enquanto falavam "caraca" "puts" eu acho que ele não sabia se era bom ou ruim, mas ele me olhou, e eu engoli seco, seu olhar dizia muita coisa, acho que exagerei.

A Ordem do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora