Chegando na empresa, subimos um pequeno lance de escada para o escritório e entrei com ele, e novamente todo mundo reunido numa mesa só.
— Oh meu saco! — falei alto quando se afastaram — que porra tá rolando caralho, vou ter de proibir celular aqui dentro? — falei abrindo os braços impaciente.
Todos se sentaram em silêncio nas suas mesas.
— O que tá pegando, não tem casos aí não? Minha mesa ta cheia, vou separar para vocês — falei irritado comigo mesmo — Ou melhor o Taz vai, esse é o Taz!
Falei o menino saiu de trás de mim encolhido feito um pinto molhado.
— Ele vai ser novo aqui, provavelmente. — falei "provavelmente" baixinho.
Ele ficou quieto, não disse nem oi nem nada, parecia que o gato comeu sua língua, seu rosto avermelhou-se.
Levei o garoto até Luana, eu queria que ela fizesse entrevista com ele, pois queria saber o que ela achava, mas logo, mais breve do que imaginava após deixar ele nas mãos delas, ela levou ele até minha sala, e eu estava sentado panguando no celular.Taz entrou acanhado e se sentou diante de minha mesa. E eu fui até a porta com Luana, a cara dela já dizia muita coisa, muita mesma.
— E aí? — balbuciei
— Se quiser posso designar tarefas para ele, mas não sei não, ele não é do tipo que vai durar aqui não — disse
— Tô livre, acha que vai ser perda de tempo?
— Acho não, tenho certeza.
Respirei fundo, eu gostava de desafios, fechei a porta nas costas dela após ela sair e fui até minha mesa, ele olhava tudo com olhos curiosos, me sentei o encarando então empurrei as folhas na direção dele.
— Sabe ler?
Ele fez que sim
— E contar sabe?
— Sou burro não Senhor Cesar. — disse ele com acanho após ler a placa em minha mesa Kauã Cesar Lobos
Não me chamavam de Senhor César, exceto em ocasiões muito, muito, muito especiais da qual esse garoto não fazia ideia
Aquilo me acendeu um alerta, eu gostei do jeito que soou, mas era bom que não se repetisse, eu não tinha interesse em homens.— Kauã, me chame só por Kauã.
Então se evergou na cadeira com se tivesse mexendo algo, e fiquei ali, parado e curioso esperando para ver o que ele estava fazendo, ele se ergueu com seus sapatos nas mãos.
Eu fiquei horrisado, que porra era aquela?— Posso ficar sem esse diacho? Avisei mainha que não era boa ideia, meus pés estão doendo — disse enquanto tirava as meias — Égua, tem problema não, né doutor Kauã? Cê prefere doutor ou senhor?
Senhor as vezes.
— Kauã.
Sim, tem problemas você ficar sem sapatos, você está num escritório.
Porra.
Ele colocou seus sapatos em cima da mesa, eram sapatos novinhos, novinhos mesmo, não tinha nem marcas de desgastes ou de uso. Engoli seco. Caralho de menino!— Só… tira de cima da mesa por favor, põe num canto sei lá. — falei tentando encontrar minha paciência.
Ele sorriu sem graça, pegou os sapatos e pois ao seu lado na cadeira. Empurrei o amontuados de folhas para ele.
— Seguinte, cê vai separar os carimbados por data, dos nãos carimbados, depois vai contar quanto tem de cada beleza?
Fiz questão de beter a ponta do dedo sob o carimbo para que ele entendesse.
Bem didático acredito eu.
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A Ordem do Caos
Romance------- Obra para maiores de 18!!! ------- Queria virar ele naquele sofá, arrancaria ou rasgaria o seu shorts que parece ser um tecido leve, e ergueria a bundinha arrebitada dele o colocando de quatro eu certamente a deixaria vermelha de tanto tapas...