A Ordem do Caos

Oitenta & cinco

Sabe quando sentimos falta de algo na cama? Foi isso o que senti horas depois, acordei meio assustado e Taz não estava lá. Bati a mão de um lado de outro e nada. Então acho que essa era a sensação estranha de transar com alguém e acordar após dormir sem alguém.

— Alexa que horas são? — perguntei

“São três da manhã e vinte e dois minutos”

Cocei a cabeça me sentando.

— Alexa ascende a luz.

A luz ascendeu e cocei os olhos confusos, logo a porta do quarto de abriu e Taz entrou no quarto enrolado na toalha. Meio que assustei.

— Ué, foi tomar banho sem mim? Por que não me acordou?

— Oxi tu estava num ronco do cabrunco.

— e daí? Ué...

Ele riu, eu não.

— Vai tomar banho nego eu arrumo aqui tá meio frio inclusive, onde tem lençol limpos e cobertor?

— Ah eu não vou mais não — falei estalando a língua — Cê nem me chama pá tomar banho mano.

Falei bravo, eu realmente estava bravo. Ele riu de novo.

— Kauã para de ser bobo, vai logo e me deixa arrumar aqui. Porquinho.

Me levantei irritado peguei as cobertas os bagulho limpo no armário e joguei nele e passei por ele irritado, tomei um banho rápido escovei os dentes e voltei pro quarto peladão nem me sequei direito, já tava tudo arrumado,  me joguei na cama ao seu lado com a cara mais feia do mundo.

— Oh meu Deuso — ele falou fazendo vozinha — Que homi mais bravo esse.

— Para Taz. Alexa apaga a luz — falei.

A luz apagou.

— Vem cá — ele falou a brindo a coberta.

— Não, não quero.

Ele riu.

— Eu tô falando sério Taz, oxe — falei com brandura.

— Tá nervoso por que fui tomar banho e não te chamei?

— Sim — retorqui

Ele riu, não me levava a sério mesmo.
Em seguida ele jogou a coberta em mim, e se ajeitou vindo mais pro meu lado.

— Sai, me deixa — falei bravo me virando e ele riu me abraçando.

Ficou de conchinha comigo e nossa... quanto tempo faz que não sou conchinha de alguém?

— Kauã para, e eu precisava de uma banho sozinho...

— Precisava nada Taz, se você quisesse eu te esperava na porta tu tirar meus filhos do seu rabo ou sei lá depois eu ia com você tomar banho — expliquei e ele riu — não dá para ser seu namorado assim

— Quer terminar?

— Quero.

Ele riu.
Eu acabei rindo também. Me virei para ele o olhando e ele fez um biquinho esperando um beijo meu e eu não dei então ele avançou e me beijou. Um beijo roubado.

— Num tá compensando esse namoro não. — Falei e ele riu.

— Mesmo, nem um pouquinho?

— Pouquinho só — falei com um riso — Mas aí sem essa de tomar banho sem eu beleza? Só se eu tiver longe mesmo.

— Kauã nem de vez em quando?

— Não ué, quando tu tiver comigo não.

—  E se um dia a gente morar junto?