Trinta

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Eu queria agarra ele, virar ele contra o colchão beijar, ele até minha boca doer, até não aguentar, colocar as pernas dele em minha cintura, eu comeria ele ali, silenciosamente, e foda-se se mãe dele acordasse com ele gemendo feito uma putinha na minha vara. Mas eu não fiz nada.
Eu não podia fazer.

Molenga! Era isso que eu estava me tornando.

Depois dele se afastar um pouco ele voltou a me dar beijinhos doces.
Eu estava imóvel, não queria que ele parasse de explorar meu rosto com seus lábios, sentindo seu hálito bom, seu gosto, seus beijos na minha pele, é claro, eu virei o rosto e ele beijou minha orelha mordendo-a sutilmente, depois meu maxilar, meu pescoço, cara que delícia.
Pensei que ele fosse cair de boca no meu pescoço, chupar o mesmo mas não ele deu um beijo mais demorado, com a boca e sentir a língua dele, ele me lambeu de novo, me mordeu sutilmente e então ele parou, parou tudo. Se afagando no meu pescoço.

O mundo parou. Será que a mãe dele acordou?

Não, pois ele continuava em cima de mim, e meu coração estava parecendo que ia explodir, ele respirava e era possível ouvir a respiração dele abaixo da minha orelha.

Por que parou? Por que caralho.

Será que ele se arrependeu daquele desespero todo, mas não, ele ficou ali quietinho e acho que entendi o que estávamos fazendo, sentindo, ele me abraçou forte com a cabeça no meu pescoço, colocando seus braços a minha volta, entorno do meu pescoço precisamente. Apenas sentindo um o outro, nossos corpos juntos, meu pau meio que tocando o dele que estava duro e os dois meio que pulsavam, ou só o meu pulsava, tão qual como nossos corações. E o desespero virou calmaria de repente.

Parecia até que uma tempestade de verão havia passado pela gente. Era possível escutar o som bem baixinho que vinha lá de baixo do pessoal conversando naquela madrugada da noite de natal, os grilos cantavam, acho que era possível ouvir nossos corações, era possível ouvir nossa alma caralho, tipo isso.

Eu nunca fui do tipo romântico, nem mesmo com a Fatinha quando casei, e eu não sabia o que aquele garoto estava provocando em mim mas era como se eu fosse uma flor. Tá, caralho, isso é meio viado eu sei, mas eu não sei o que eu parecia, parecia um dente-de-leão, pronto, sendo soprado. Merda.

Ele arrastou seu corpo ao lado, caindo entre meu braço silenciosamente, e então ele sussurrou no meu ouvido.

— Tu és tão lindo.

Não, caralho, não faz isso não sussurra no meu ouvido se não te viro e soco de ladinho mesmo.
Fiquei em silêncio sem dizer nada. Escutando a respiração dele na minha orelha.

— Tem o melhor beijo que já dei, visse — Murmurou

Eu meio que sorri, em olhar para ele, eu estava olhando para o teto, sentindo ele deitado sob meu braço com a cabeça em meu ombro.
Eu também tenho outra coisa aqui para você.
Na procura louca pela mão dele notei que ela estava no centro do meu peitoral, eu não queria desmanchar aquele romance sendo safado, mas segurei a mão dele e desci ela até o meu pau durão.

— Não sou o único que gosta de você — falei baixinho

Meu pau te adora moleque.

Ah foda se, eu queria que ele sentisse minha dureza, queria que ele soubesse como ele me deixava e que toda aquela excitação, era dele, e para ele, ele tudo culpa dele, ele segurou meu pau com sua mão e apertou e deu um outro beijinho demorado no meu pescoço. Queria sua mão dentro do meu calção, queria que ele pegasse meu pau que estava todo babado mesmo, mas… não eu não vou fazer isso.
Não vou fazer ele ir além, acho que já fui muito abusado, ele deu umas apertadas no meu pau, tateou com a mão sutilmente por cima do meu calção de tecido fino e pegou meu saco o acariciando apertando sutil também, encheu a mão o espertinho. Caralho que delícia, só a mão do garoto já adiantava muita coisa, eu sentia que eu estava me molhando lá embaixo, babando ainda mais

— Gostoso — ele murmurou no meu ouvido.

— Taz, cê me deixa assim toda vez — sussurrei

— Eu sei — deu um risinho baixo

Depois ele tirou a mão, e subiu ela até minha face, e senti o cheiro da minha rola na mão dele. Quando se tem um pau babão é meio inevitável que não sinta o cheiro, por isso eu acho que eu tomava tanto banho, não que fosse um cheiro ruim mas se eu ficasse duro por exemplo por longos tempos como uma noite toda, eu acordava com aquele cheiro de pica. Por isso tomava um banho toda manhã e toda noite, mas hoje, hoje só tomei um banho antes da ceia de natal, não eu não estava fedido. Meus calções tinha que lavar, não podia usar a mais do que dois dias, no calor então era foda, cueca? Quase nunca pô, ainda mais no calor. Pau babão e traíra da nisso, as vezes ele subia quando eu não queria, babava quando eu não esperava.

— Gosto do seu cheiro — ele disse para minha surpresa, eu sei que cheiro ele tava falando, se eu senti ele também — Do seu perfume e do seu cheiro de macho.

Riu.

— Posso ser seu macho — não resisti e falei — Se você quiser...

Meu coração tava agitado pá caralho.
O problema é que eu não sabia sussurrar, minha voz era muito grossa então às vezes ela escapava mais alta.
Ele sorriu. Me deu dois beijos na boca, daqueles demoradinhos sem a língua, que deixa a gente querendo mais

— Boa noite gatão — disse com aquele sotaque.

E num piscar de olhos ele vazou, subiu para cama e me deixou lá naquele estado, ninguém deixava eu daquele modo, nem mesmo uma punhetinha pô? Caralho, moleque do caralho!
Fiquei meio puto, não queria que ele fosse, mas não queria que ele ficasse, não podíamos passar aquela noite juntos.

— Boa noite... Taz — Murmurei me virando de bruços esmagando meu pau contra o colchão.

Que odio.

A Ordem do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora