Vinte & cinco

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Pela manhã, limpei todo meu carro, tinha de tirar o cheiro de maconha dele, não que estivesse forte mas né. Também peguei algumas com Miguel e fiz a barba. Sim, eu fiz a barba para ficar só com o cavanhaque, fazia anos que não usava àquele modo, ficava bom no meu rosto... ah quem eu tô tentando enganar? Eu queria agradar o garoto, chamar a porra da atenção dele. Eu tava doido para ter mais um beijo dele, mas eu não iria beija-lo, não de novo não mesmo, mas se ele me beijasse então eu o beijaria de novo.

Eu não iria levar a Carol, nem fodendo só levamos ela uma vez ano passado, a primeira vez no caso, eu até estava pensando em levar ela esse ano mas... não, melhor não. O pior que quando estávamos subindo a serra da praia ano passado falamos do ano seguinte, aqueles papos do "Ano que vem cê vai conhecer fulano de tal" já que nem todo mundo havia ido. Sinto muito Carol. Muito mesmo e caso eu queira afogar o ganso e moleque não me permita que seja na bundinha arrebitada dele, tem várias minas gostosas lá.

Depois de me organizar, naquele calor do caralho fui buscar Taz, e Amanda, Letícia decidiu ir com o marido dela também, como tinha lugar no carro dexei que fossem, mas quem se sentou na frente ao meu lado foi o Taz, fiz questão que ele fosse lá, sem que ninguém percebesse.
O caminho foi engraçado, rolou história de infância, histórias meio absurdas, as falas confusas e engraçadas de Taz. Foi tão distrativo que o trânsito de 4 horas nem foi um empecilho, foi tranquilo. Miguel não queria deixar Taz ir por conta do emprego, mas como ele não estava registrado ele não ia prender o moleque no mercado, pedi para ele aliviar a barra e eu dava uma grana para ele. Era assim que as pessoas funcionavam, oferecer dinheiro corrompe o cara mais honesto, tea mesmo seu melhor amigo.

Quando chegamos na casa, era uma casa grande, cabia até 4 carros na garagem mas sempre ia mais gente e lá já estavam presentes dois casais dos meus tios e os meus primos. Eu não gostava muito do furdunço. A casa tinha 3 andares ou melhor quase isso, era a sala, sala de jantar, a cozinha, um lavabo, a sala bem arejada com janelas que tornavam mais claras. Subindos as escadas e tinha 3 quartos mais dois banheiros, na verdade eram 2 quartos, um com suite (este de meus pais), o terceiro quarto ficava num mesanino de madeira bem bonito, aquele sim era o meu quarto, e ninguém, ninguém mesmo ficava nele a não ser eu.

Todo ano era uma confusão quando começavam a decidir onde iam ficar, colocavam colchões até na sala ou mesmo no quarto da minha mãe, por mim pode por colchão onde quiserem menos no meu quarto. Mas esse ano minha mãe não queria colchões na sala. Foda-se!
Estavam na sala, como sai de São Paulo depois do almoço, chegamos já era fim de tarde, logo chegaram mais dos meus tios, a casa lotada, e já estavam decidindo onde iriam dormir. Uma confusão e falação.

- Gente coloca a Amanda e o Taz no colchão de casal lá em cima, a Lívia, o Guto e o Dinho põe no quarto de hóspedes que lá cabe, acho que dá para por a Letícia e o marido dela lá também. Trouxeram colchão né? ... - disse minha mãe.

Eu estava sentado no sofá mexendo no celular. Enquanto escutava Dinho encher o saco de Taz e confesso que não estava gostando muito ele tava meio que me irritando, ele começou fazendo perguntas do tipo, "fala isso, fala aquilo", e agora estava com uns papo meio estranho de virgindade constrangendo o garoto, mas constrangendo mesmo.

- Ah não, da para o Dinho e o Taz dormir no quartinho lá, o Guto também e a Lívia fica no quarto da senhora Helena é mais seguro - sugeriu tia Vânia mãe de Lívia - Aí a Amanda divide o colchão contigo.

- Ou o garoto pode dormir lá em cima no meu quarto, só colocar um colchão lá - falei e todos ficaram quieto.

- Dormir mais tu? - disse Taz acanhado

A Ordem do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora