Fechei os olhos tentando canalizar a minha vergonha eu juro que eu queria falar, mas eu estava travado, não conseguia dizer nada, estava puto comigo mesmo e com ciúme danado dentro de mim, eu nem sabia da onde vinha aquele ciúme todo.
— Tô... Tô com ciúme — admiti com voz baixinha olhando para meus dedos que apertavam um nos outros entre meus joelhos.
— Estou vendo — disse Taz.
Eu não estava conseguindo lidar com esse sentimento, olhei para o banco de trás para o meu capacete, a jaqueta e calça.
— Melhor eu ir... — estiquei o braço para pega-los
— Kauã, você mal está olhando na minha cara — ele tocou meu braço
— E o que você quer que eu faça? — explodi o olhando nos olhos dele finalmente — Me diz o quê? Eu tô bravo, e eu tô chateado com você mas você não fez nada de errado então eu tô tentando não ser um babaca por completo.
— Conversa comigo direito, não aconteceu nada entre eu e o Gustavo, eu apenas devolvi a aliança e falamos do divórcio — ele explicou.
— Tá, tá bom merda, eu confio em você, sei que não rolou nada mas... — fechei o os punhos me jogando contra o banco do carro feito uma criança mimada resmungando — Eu odeio aquele idiota, eu.. — rosnei irritado. — Eu odeio qualquer idiota que tente ficar de graça com você eu... Eu tinha me esquecido como era sentir isso, faz muito tempo que não tenho ciúme de algo e não é bom, por que... Você não é meu...
— Claro que sou.
— Você entendeu Taz.
— E você também, e está tudo bem. Eu não tô bravo com você ou achando ruim de você ter ficado bravo, eu só quero que você seja paciente com você mesmo! Por que você está irritado por estar com ciúme e está descontando em mim e agora descontando em você mesmo, e eu não fiz nada, você não fez nada, é apenas um sentimento. E ele provocou você, então... Não é culpa sua sentir tudo isso.
Fiquei quieto. Ele segurou meu rosto me fazendo o olhar, acho que eu estava com a expressão mais emburrada do mundo.
— Está tudo bem amor, tá? No precisa ficar assim.
Balancei a cabeça que sim. Ele se avançou para frente e me beijou, mas não o beijei de volta, ele deu um riso ao notar que não retribui o beijo, virei a cabeça evasivo e ele segurou de novo.
— Kauã, para! Sério qual foi?
— Taz me deixa ficar nervoso por favor, só um pouco, vai passar só me deixa quietinho para de forçar a barra.
Agora ele quem me olhou bravo.
— Me dá um beijo — ele falou
— Taz — falei resiliente
— Vai, um beijo e um abraço, exercício do afeto ao invés de querer me esganar.
De fato agora eu queria esganar ele, odeio fazer coisas contra minha vontade, eu o beijei, e o abracei a força, e ele me abraçou me segurando. Eu pensei em fazer aquilo rápido mas ele me prendeu no abraço, ele sabia que faria de modo soberbo por estar sendo quase obrigado a abraçar e beijar ele.
— Agora diz que me ama.
Eu ri.
Perdi a pose de macho bravo.
Ele também riu.— Vai Kauã estou esperando... — ele acrescentou
Eu ri nervoso.
É difícil dizer que ama alguém quando se está bravo com esse alguém mesmo que esse alguém seja o amor da sua vida. Eu descobri aquilo naquele exato momento
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A Ordem do Caos
Romance------- Obra para maiores de 18!!! ------- Queria virar ele naquele sofá, arrancaria ou rasgaria o seu shorts que parece ser um tecido leve, e ergueria a bundinha arrebitada dele o colocando de quatro eu certamente a deixaria vermelha de tanto tapas...