Avancei o carro alguns metros e então parei, desliguei o carro numa vontade da porra de chorar, notei ele parado no portão debaixo do toldo a cobertura que o protegia da chuva com as chaves do portão na mão, olhando confuso o carro parado. Eu abri a porta, e desci do carro.
Fui mais para o meio da rua, e a chuva estava começando a ficar forte, eu então abri os braços. Ele deu um riso, olhei para a luz do poste, para o céu de nuvens escuras e trovejante.— O que você está fazendo? Endoidou foi? — gritou ele em meio ao barulho da chuva.
Eu acho que agora eu podia chorar por que a água da chuva se misturaria com as lágrimas, passei a mão no meu rosto completamente molhado o olhando.
— Estou lavando a alma. — falei
Ele riu, aquele riso, daquele modo inocente e doce. Abaixei os braços o olhando.
Taz ficou parado por um segundo me admirando, talvez como eu o admirava, e eu acho que era isso a liberdade que ele prezava, com ele eu me sentia livre cara, livre para fazer coisas idiotas, mas eu queria tanto que ele me ensinasse a ser como ele pois eu admiro o fato dele ser livre sem nem precisar de um outro alguém, sem nem precisar de mim, eu só era mais feliz com ele perto. Ele ainda risonho abriu o portão seu cãozinho escapou correndo e pulando vindo em minha direção, em seguida ele veio atrás correndo e o cão deu voltas em mim, ameacei pegar o cachorro, e ele também correndo atrás, em seguida tirou os sapatos e eu? Lancei meus chinelos no ar, e o cachorro pegou o chinelo correndo.— Meu chinelo mané! — falei rindo enquanto Taz corria atrás do cachorro caramelo bigodudo.
Eu corri atrás dos dois, e a rua que era sem saída ficou pequena para corrermos por tanto tempo, corremos para cima para baixo, e ele gritava o cãozinho:
— Jaiminho!
— Jaiminho? — interoguei em dado momento
— Ele num parece o seu Jaiminho do chaves? — riu
Era verdade. Ri, ele me empurrou e correu atrás do cão e eu voltei a correr atrás dele.
Finalmente pegamos o Jaiminho com meu chinelo, acho que corremos para o fim da rua meio ingrime sem saída sem perceber, começamos andar de volta para cima lado a lado, ambos corpos molhados, eu o olhava, e Taz me olhou de volta com um sorrisinho nos lábios. Parecia que eu ia explodir, eu queria dizer que gostava muito dele ainda.— Eu não... Eu não esqueci você Taz... Mas eu, eu tentei — falei — Mesmo que a gente não tivesse tido nada, para mim é como se... Como se a gente tivesse tido.
Ele ficou quieto e baixou a cabeça acariciando o cãozinho.
Notei Amanda parada no portão nos olhando para nós, Taz me empurrou com o Jaiminho nós braços, eu lhe empurrei de volta. Taz tirou o chinelo da boca do caozinho que estava em seu colo todo molhado, me entregando o chinelo na mão.
A cara carrancuda de Amanda me fez pensar que talvez ela precisasse lavar a alma também.
— Alguém está precisando lavar a alma... — falei olhando para Taz e indicando Amanda com o queixo.
Taz ergueu a aba do meu chapéu, que por alguma razão naquela brincadeira de pega-pega estava em sua cabeça.
Amanda me encarava parecia não gostar muito de me ver ali, Taz colocou o cãozinho no chão, e se aproximou de Amanda estendendo os braços.— Da um abraço mainha — disse ele
— Sai para lá, tá besta é? — disse ela
Eu me aproximei, e puxei o portão atrás de Amanada.
— Cê escolhe ou abraça ele ou eu — Taz ameaçou ir para cima
Ela riu.
Finalmente riu.
Caralho ela finalmente riu. Eu lembro que quando ela namorava meu irmão ela era outra mulher, mais doce, mais leve, e risonha, as vezes a vida nos dá tanta pancada que esquecemos quem éramos ou o que somos. Ver ela rindo me alegrou um pouquinho, não foi uma gargalhada ela só tossiu um riso, mas foi o suficiente.
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A Ordem do Caos
Romance------- Obra para maiores de 18!!! ------- Queria virar ele naquele sofá, arrancaria ou rasgaria o seu shorts que parece ser um tecido leve, e ergueria a bundinha arrebitada dele o colocando de quatro eu certamente a deixaria vermelha de tanto tapas...