Ele estava quieto me alisando em um tremendo silêncio há uns dez minutos de silêncio
— Não está com sono príncipe?
— Tô, mas não queria dormir, queria ficar com você — disse ele
— Negativo Taz, o senhor precisa descansar e eu não vou sair daqui
— Promete?
— Só se for no banheiro ou comer algo, não sei, mas prometo que estarei aqui no quarto com você.
— Tá bom — falou daquele mesmo jeitinho que falava quando o conheci. Eu ri, ou melhor sorri lembrando do passado.
Podíamos ter vivido tantas coisas juntos, mas agora podemos planejar como vamos viver as coisas que não vivemos. Houve mais um silêncio demorado na qual eu imaginava que Taz havia dormido já que a mão dele parou de me acariciar por debaixo da camisa, mas ele quebrou o silêncio:
— Lembra quando nos conhecemos?
— Lembro. — ri
— Tu era todo abestado, metido, estribado.
— Ei, ei, ei! Eu não era nada disso não.
— Era sim. — riu. — Todo abobado, caipira.
— Eu Taz? Eu?
— Você sim, eu só era ingênuo não conhecia nada mas você era um jeca.
— Jeca? Eu nem me vestia mal pô... já você você sim era tudo isso sim.
— Eu nada. Realmente você não se vestia mal, mas as roupas não combinavam com você, ou você parecia sério de mais ou engraçado de mais todo formal com aquela cara de mal, badidinho de colarinho branco.
— Caralho vai dormir mermão tu tá me detonando.
Ele riu se escondendo de mim.
— Eu sinto falta. Lembra como tudo era mais tranquilo. Eu trabalhava com Miguel, e a gente se via quase sempre mesmo que não nos falássemos. Fugimos para a praia — riu nostálgico — Era tão gostoso. Seu cheiro nunca mudou acredita? É o mesmo perfume de madeira com aquele teor ácido de folhas quentes, tipo um dia de verão.
Engraçado como ele também cheirava a verão, mas mais precisamente a brisa fresca, água pura, expedição, monções de verão.
Eu ri, ele ainda era um poeta ao falar, fiquei o olhando esperando ele falar mais.— Quando você foi preso eu guardei um frasco do seu Malbec, nunca usei. Mas uma vez, uma vez eu espirrei no ar... E me masturbei sentindo seu cheiro me esponjando na cama. A verdade é que o cheiro era similar mas não é o mesmo cheiro de quando está em sua pele, misturado com o seu suor e desodorante, é quase natural e tendencioso cheiro de homem. Quando você ia jogar bola você não usava perfume algum, mas seus poros já estava infectados com o perfume então bastava você suar, e pronto... O cheiro irradiava onde você estava.
— Volta na parte que você se masturbou com meu cheiro.
Ele me olhou e corou, ele falava tudo aquilo olhando para o teto por isso estava sem vergonha, mas agora que notou que eu estava ali o ouvindo ele avermelhou-se e desviou o olhar.
— Não vou falar disso. — respondeu
— Qual foi? Fala pô...
— Para — ele me empurrou de leve envergonhado e deu uma pausa, pensei que não fosse falar sobre mas proclamou como se contasse uma história: — Aconteceu duas vezes uma foi depois que te vi no aquário, a outra uma semana depois que achei o perfume.
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A Ordem do Caos
Romance------- Obra para maiores de 18!!! ------- Queria virar ele naquele sofá, arrancaria ou rasgaria o seu shorts que parece ser um tecido leve, e ergueria a bundinha arrebitada dele o colocando de quatro eu certamente a deixaria vermelha de tanto tapas...