Cento & trinta & quatro

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O sexo foi bom, foi ótimo e no banho também foi ótimo e Taz ganhou uma boa chupada daquelas que fiquei devendo a ele, é engraçado pensar que no inicio eu tinha uma certa resistência em ser um chupa rolas, mas agora fazer o Taz ficar nas pontas dos pés enquanto suas bolas estavam em minha boca era algo fácil de se fazer, na verdade era algo que eu gostava de fazer, chupar ele é muito bom, ouvir ele gemer, sentir seu gosto, tê-lo dentro de minha boca é muito bom, o chupar o olhando, olhando seu corpo é muito bom.

É estranho, é estranho ver o Taz agora falando mais putarias que eu, sendo mais safado que eu, se permitindo o ouvir gemer, é estranho por que ele parece não ter vergonha, e eu pareço ficar um pouco envergonhado por ver essa falta de vergonha dele, mas ao mesmo tempo há uma meiguice nele, aquela certa delicadeza sutil no olhar, no modo, até mesmo quando fui chupar ele no banho ele me olhara de um modo surpreso e vergonhoso quase como se dissesse "sério que vai fazer isso?" Com aquelas bochechas avermelhadas do calor do mormaço do chuveiro quente.
Ele ainda é meigo, fofo, mas já entendi que no sexo ele curte o selvagem, diferente de quando eu o conheci que ele parecia ter medo de sentir prazer, e isso é muito muito bom, é muito gostoso na verdade, é maravilhoso! Inferno, eu estou apaixonado por ele de novo, apaixonado de verdade por tudo, pelo nosso sexo, pela forma como ele se tornou mandão “Ah Kauã me fode, não para!” caralho da até ciúme imaginar que ele fale com o marido dele da mesma forma, espero que não, espero que ele não se entregue tanto para o Gustavo como tem se entregado para mim.
Eu entendi que não precisava fazer com ele nada perverso como uma sessão sadomasoquista. Confesso que no início queria muito comer ele de qualquer jeito mas brutal, de amarrar ele e foder até o falo, mas eu entendi cedo que não dava, e acho que agora ele entendeu que aquilo não era preciso, pois éramos bons em fazer um ao outro gozar só tocando um no outro.

Abri os olhos, meio turvo os coçando na visão embaçada do clarear da manhã e descobri que acordar sem o Taz na cama é algo que me deixa com um puta mau-humor, mas isso quando se dorme com ele, e eu dormi agarrado nele, o apertando feito um urso, olhei para o lado e para o outro, a luz entrava pelas persianas da janela e Taz simplesmente não estava mais lá.

— Taz? — chamei olhando para o banheiro.

Mas nada, ele não está no banheiro também. Bufei, gemi preguiçoso e um pouco irritado. Me levanto, olho a luz do sol entrando pela persianas.
Banheiro, lavar o rosto, colgate e língua quente, eu precisava realmente acordar pois sinto estar ainda dormindo. Embora mau humorado sem o Taz, me olhar no espelho me trouxe uma vaga sensação que pareço bem, até um pouco diferente, me sinto estranhamente mais jovem sabendo que ontem fiz 39, mas é só uma sensação, muito gostosa por sinal. Penso no sexo, meu pau já está duro do sono mesmo então ele só dá uma pulsada dentro do calção.
Me arrastei para fora do quarto, e ao sair escutei uma música bem baixinha de fundo que soava da sala, o som está ligado, o que significa que Taz ainda está aqui, escuto seu riso o que me faz rir parado segurando  maçaneta da porta do quarto,. Essa sensação, como se meu estômago estivesse sido tomado por um sopro suave feito silfos bailantes dentro de mim, meu mau humor esvaziou-se.

Ao chegar na cozinha ele estava de costas preparando algo no fogão, vestindo minha camisa que estava bem larga nele, mesmo ele sendo mais corpulento que antes, já Gabriel está na cadeirinha sujo de chocolate, encosto-me na geladeira de braços cruzados apoiando a cabeça, Taz não me viu.

— Eu não costumo dar doces para ele de manhã — falei e Taz saltitou assustado e logo riu.

— Ah merda — olhou para Gabriel que estava numa farra danada — Ouviu? Seu pai é um careta...

Caeta, gabundo — soou Gabriel.

Taz caiu na gargalhada e eu olhei sério para Gabriel enquanto Taz tentava conter o riso. Realmente é muito engraçado, também sinto vontade de rir até por que ele não sabe o significado daquelas palavras, mas eu sei, Malu vivia ensinando ele a me chamar de vagabundo, no início era legal depois ela proibiu afinal crianças são assim a gente ensina e depois as proíbe de dizer certos palavreado e atitudes por medo de uma certa falta de respeito publica.

A Ordem do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora