38 - Despedida

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Sasuke

Quando cheguei em casa acabei desmaiando de sono e quando acordei pela manhã cheio de dores na cabeça e tendo pensamentos suicidas depois infelizmente de lembrar de tudo que eu fiz ontem, vi que Itachi não estava em casa ainda, então saí para meus afazeres e quando voltei já era noite.

- Quero explicações Itachi!

Entro em casa batendo a porta ao ver ele sentado no sofá tranquilamente, como se não fizesse parte da maior gangue da cidade.

- Filho? - minha mãe para de secar a louça e me olha - o que está acontecendo?

- Ignora mãe - Itachi diz e morde seu pão segurando um prato de vidro marrom embaixo.

- Você sabia mãe, que ele faz parte da Akatsuki e ainda por cima sabe quem é de lá também? aquele cara que nos roubou.

- Que? - ela fica confusa alternando o olhar entre nós.

Meu pai chega na sala.

- Por que essa gritaria aqui? o que é Akatsuki?

- É só a gangue que manda nessa favela, um bando de criminosos que o seu filho se juntou.

- Isso é verdade? - meu pai olha para Itachi.

- Não se metam, vai ser melhor.

- É verdade? - meu pai insiste, agora mais firme.

- Anda fala pra ele, eu já descobri tudo - digo em revolta.

- Eu vou - ele se levanta, mas meu pai o senta de novo.

- Você vai é explicar as coisas mocinho.

Itachi olha para cada um de nós e então suspira vendo que está contra a parede e não tem mais saída.

- Sim, é verdade que eu estou com eles.

- Puta merda - meu pai murmura.

- Mas - ele continua - eu tenho meus motivos.

- E você vai contar esses motivos se não quiser levar um supapo.

- Eu estou tentando recuperar nosso dinheiro, por isso descobri onde ele estava, me infiltrei e estou desviando o dinheiro dele aos poucos para não levantar suspeitas.

Fico em choque e um tanto arrependido por ter julgado meu irmão sem saber o que ele realmente queria fazer, no fim ele só estava nos ajudando.

- E era isso, até agora não consegui quase nada, pode parecer simples, mas é algo ilegal então tenho que tomar cuidado.

- Por que não me disse? eu teria colocado ele atrás das grades.

- Ele faz parte de um grupo de criminosos, acha que não nos caçariam até no fim do mundo? fiz isso para manter todos seguros e posso muito bem continuar sozinho obrigado.

- Somos uma família filho - minha mãe vem até nós - não deve lidar com problemas tão grandes sem ajuda.

- Eu estou progredindo, guardo tudo que consegui na minha conta e assim que pegar tudo que é nosso eu ia contar para vocês e poderiam ter sua vida de volta.

- Continua errado, desviar dinheiro? isso é muito ruim - meu pai diz - sabe quanto de cadeia isso dá?

- Eu sei, mas não estou roubando, estou pegando de volta o que já era nosso.

Todos se calam vendo que por um lado ele tinha métodos ruins, mas não podiam negar seus resultados. Eu estaria do lado do meu irmão desde o começo se ele tivesse me contado ao invés de mentir, mas agora minha raiva passou e deu lugar a esperança, posso estar mais perto da riqueza do que eu esperava.

Burguês na favela - sasunarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora