25 - Lanche noturno

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Sasuke

— Quem disse? — ele tenta amenizar a situação — talvez seja normal com pessoas depois de um trauma, vai passar você não é carente.

— E se eu for!? eu to quase indo abraçar aquele velho idiota só porque ele ficou feliz com uma conquista boba minha!

Estou em desespero mental, e se eu tiver virando um sentimental!?

— Sasuke, se quer saber você é a pessoa menos afetuosa que eu já conheci na minha vida, não sei nem porque caralhos você ta carinhoso comigo inclusive — ele diz sem escrúpulos — então aquieta o rabo aí, você só tá num momento sensível porque perdeu o pai e por obséquio um cara agiu como tal e te fez sentir que tinha um de novo, então não, você não é carente e ainda odeia ele então você vai dormir porque amanhã é outro dia e vamos continuar com o plano.

O observo sem dizer nada, piscando algumas vezes, ele foi realmente direto. Naruto suspira.

— Desculpa peguei pesado né...

Eu começo a rir.

— Valeu, você é incrível — lhe dou um selinho, deixando ele surpreso e confuso.

As vezes a gente só precisa de um baque para acalmar os ânimos, mesmo ele tocando em tópicos sensíveis, gosto da sinceridade.

Deito minha cabeça nele novamente.

— E só estou sendo carinhoso com você porque to apaixonado, imbecil — digo.

— Deixa de ser gay mano — ele diz soltando um riso baixo.

— Gay é você, palhaço.

Não pretendo soltar ele, está extremamente confortável ficar assim fora que ele é muito cheiroso, Naruto entende o sinal para dormir aqui e apaga o abajur.

— Boa noite bebê chorão, sonha comigo — ele murmura fazendo carinho no meu cabelo.

— Deus me livre, não quero ter pesadelo — ele me dá um tapa na cabeça — AI!

— Tonto.

— Idiota.

— Esquisito.

— Problemático.

— Sequelado.

— Jumento.

— Burro.

— Arrombado.

— Desgraçado.

— Infeliz.

— Corno.

— Tá me traindo?

— Não.

— Bom mesmo.

— Agora cala a boca, to com sono porra.

— Vem calar.

Cinco segundos de silêncio se passam.

— Isso foi um convite pra te dar um soco ou te beijar? — ele pergunta.

— Misericórdia... — murmuro sonolento.

— Sas... — ele sussurra me chamando quando já estou quase capotando.

— Que foi?

— To com fome.

— E eu com isso? não sou cesta básica.

— Cavalo... — ele bufa e começa a me jogar para o lado a fim de sair.

— Porque não comeu antes? — resmungo encarando dele meio cego pelo abajur quando ele acende.

Burguês na favela - sasunarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora