34 - Idiota

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Sasuke

Chegamos na praia a tempo de ver o sol se por, é realmente uma coisa linda.

Me sento na areia junto com as meninas e o Shikamaru. Lee e Naruto correm para água largando suas camisas. Aparentemente eles apostaram uma corrida porque quando Lee chega primeiro a água, Naruto começa a berrar xingamentos aleatórios.

Mal passam cinco minutos e me assusto com um ronco. Olho para o lado e vejo Shikamaru dormindo deitado na areia. Olho para as meninas e elas estão rindo baixo planejando algo. Sakura cruza o olhar comigo e sussurra para eu começar a colocar areia nele.

Aceito a proposta, isso vai ser interessante.

Então nós quatro começamos a enterrar Shikamaru, deixando a cabeça livre. Jogamos areia em cima dele e batendo vez ou outra para ficar firme. Choji chega um pouco depois e quase bota tudo a perder, mas Ino usa sua amizade com ele e o obriga a ficar em silêncio.

Sakura começa a fazer dois montinhos de areia perto da cabeça de Shikamaru, fazendo seios avantajados nele. Quase ri alto, mas consegui me controlar. Fizemos também uma cauda de sereia.

Assim que acabamos levamos as coisas um pouco mais longe e nos sentamos de novo, deixando ele ali para acordar sozinho como uma linda sereia nalfragada.

Nesse momento Naruto volta até nós, todo molhado jogando água por tudo, principalmente em mim, como um cachorro que acabou de sair do banho. Agora ele vai passar o resto do dia me atazanando eu tenho certeza.

Talvez eu tenha sido um pouco maldoso demais com ele, mas eu queria brincar um pouco, ver ele revoltado. Mais tarde eu o compenso por isso se ele ainda me amar.

— Para com isso, vai fazer a areia colar em mim — reclamo colocando a mão na frente do rosto tentando impedir que ele continue me molhando.

— Desculpa não ouvi direito — ele continua, engatinhando para mais perto de mim e esfregando seu cabelo úmido na minha cara.

— Naruto! — resmungo tentando empurrar a cabeça dele pra longe — para com isso, ta parecendo um vira-lata seu esquisito!

— Au au — ele ri levantando a cabeça e me encarando com um sorriso.

Reviro os olhos, batendo a mão na roupa para tentar salvar a blusa dessa catástrofe.

— Não tá querendo se molhar é? — ele pergunta.

— Não, estou ótimo seco e aqui na areia quentinha.

— Perfeito — seu olhar me diz que ele vai fazer algo que não vou gostar e antes que pudesse pensar em alguma coisa ele se levanta me puxando pelos pés areia a fora.

— NARUTO! ME SOLTA!

Ele ri me arrastando pela areia, o chuto no joelho e consigo me libertar, saio correndo ao ouvir seu grito de dor. Viro o corpo e começo a correr de costas rindo da cara dele.

Ele cerra os olhos e começa a me perseguir. Corremos pela praia como se nossa vida dependesse disso, sem querer entramos em uma competição e que quem desistir primeiro perde de maneira humilhante.

Começo a ficar ofegante, mas não desisto. Em alguns momentos ele me alcança, nós saímos no tapa e eu volto a correr. Me sinto de volta aos dias na escola quando era criança e brincada de polícia e ladrão, sempre que eu era o ladrão eu resistia de todas as formas possíveis e nunca era preso.

Burguês na favela - sasunarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora