45 - Nos conformes

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Naruto

- Silêncio todos, pois a lenda está de volta! - Kiba anuncia com entusiasmo a minha chegada a antiga sede da Akatsuki, que tomamos como nossa quando eles foram presos.

Abaixo e levanto a cabeça duas vezes como se estivesse em um show.

- Obrigado, obrigado.

- Uhul - Hinata, Ino e Lee comemoram com palmas.

Shikamaru estava dormindo em um canto qualquer e o resto apenas riu. Nesse momento, Gaara surge atrás de mim entrando no local como certa timidez. Eu trouxe ele junto, a final continua me devendo uma e como já descobri a verdade ele não viu motivo para continuar trabalhando na casa.

- O que esse cara tá fazendo aqui? - Sakura questiona com aversão no rosto.

- Relaxa gente - digo - ele é gente boa, eu espero... - murmuro a última parte, até eu ainda estou meio desconfiado.

- Sei.

- E o Sasuke? - Ino tenta ver atrás de mim como se ele fosse aparecer.

A.

- Ele... - coço a nuca tentando pensar em algo, eu realmente não quero ter que explicar nada, não agora pelo menos - está ocupado com outras coisas, não vai vir por um tempo.

Não menti.

- Bom, de qualquer forma não é importante agora - Sakura se levanta animada me puxando para dentro - temos que te contar as novidades.

- A gente começou os corre, ta tudo nos esquema já - Kiba diz, com os braços atrás da cabeça - só vapo filhão.

Olho para ele um pouco perdido, franzindo as sobrancelhas.

- O que esse analfabeto quis dizer é que já temos vários clientes - Sakura diz com um sorriso no rosto balançando um pacotinho cheio de pó em sua mão.

Agora eu me lembro, antes de eu ir para a casa do Madara a gente tinha um plano para chegar ao comando da favela, que partia do princípio de termos aliados e pessoas - possíveis rivais - que vêem vantagem na gente. Então escolhemos a clássica mas sempre eficaz, drogas, não aquelas que te viciam ao ponto de você perder tudo e acabar com sua vida, não somos cruéis. Apenas as que dão uma brisa boa para relaxar em meio ao constante estresse que é morar nesse lugar e toda opressão da vida de pobre.

Se até os ricos - ao menos boa parte deles, até onde eu sei - se agarram a isso como meio de escape, imagina nós reles mortais. Mas como a gente combinou, nada que cause danos irreparáveis, ser criminoso tudo bem, agora, ser cuzão? jamais.

- Caralho, em que pé estamos? - pergunto sorrindo com expectativa.

- Olha digamos que... estamos bem para quem nunca fez isso e acabou de começar - Sakura ri, sua voz parece mais baixa agora que nossos amigos começaram a tagarelar entre eles - só o Lee e a Hinata que continuam meio receosos - ela alterna o olhar entre os dois - todo grupinho tem seus moralistas super éticos, mas apesar de não quererem participar a amizade vai continuar sempre a mesma. Sabe como dizem não é? amigo é amigo, negócios a parte - ela sorri, mas então fica confusa - ou era o contrário?

- Tanto faz - balanço a cabeça - o que eu quero agora é saber o que tenho que fazer, por favor ocupe minha cabeça com o máximo de coisas possíveis.

- Ui mal chegou e já tá todo proativo aí? - ela ri debochando - não vai nem dar uma relaxada antes?

Mexo a cabeça em negativa.

- Estou ansioso, preciso de adrenalina - digo sorrindo fraco - sabe como eu odeio ficar parado em casa.

Eu vou contar o real motivo pra ela, mas depois quando estivermos sozinhos, o resto vai me fazer muitas perguntas e não estou com cabeça pra nada disso hoje. Só quero ficar tão ocupado ao ponto de não pensar nem um segundo no Sasuke.

Burguês na favela - sasunarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora