Burguês na favela - sasunarusasu

27 - Traumas

Sasuke

Quando estávamos caminhando para fora daquela rua, uma moça que distribua panfletos nos deu um de apartamento mobiliado ou algo assim. Nem olhei, apenas entreguei para o Naruto jogar fora já que ele estava mais perto da lixeira.

Mas ele resolve olhar melhor. Não dou muita atenção a isso, até que do nada ele para de ondar e me olha meio assustado.

— É isso! Sasuke, eu descobri o que era! — ele sorri em choque me mostrando o apartamento e eu não entendo nada.

— Descobriu o que maluco?

— Isso! Sasuke, aqueles desenhos são uma planta! — ele fecha o panfleto super feliz — era a planta da mansão, por isso linhas tão retas, mas ao mesmo tempo estranhas em alguns lugares.

— Tá, mas a gente já sabe como é a casa do meu avô — digo — então que diferença fa... — interrompo a mim mesmo, olhando para o Naruto curioso — a não ser que lá tenha algo que ninguém saiba de vista que tem.

— Exato — ele diz eufórico — eu disse que era importante!

— Certo, primeiro vamos voltar pra lá e ver os desenhos pra ter certeza que é a planta da mansão — digo tentando me acalmar, mas até eu estou animado agora — e aí comparamos com o que a gente já sabe.

Ele concorda com a cabeça e então nós dois saímos saltitantes para o carro do motorista.

Corremos para meu quarto e deixamos todas as sacolas em um canto, jogamos os desenhos na cama e nos sentamos.

— Ok, vamos ver primeiro esse aqui — pego o que o Naruto fez.

Depois de alguns segundos analisando de qual ângulo deve se ver, comparo com minhas memórias o que não é muito certeiro já que são cômodos pra caralho que tem aqui.

— Parece bastante com o segundo andar — mostro — aqui olha, o corredor grande, os quartos desse lado...

— Mas só do segundo andar? — Naruto pega meu desenho que estava meio inacabado — talvez sejam três cores porque aqui tem três andares...

— Isso! — digo — por isso sobrepostos, porque tecnicamente eles estão assim — olho para a foto no celular dele — mas porque guardar isso? qual intuito?

— Isso eu não sei, mas a gente precisa acabar esses desenhos logo — Naruto diz — e aí ir de porta em porta ter certeza se tá tudo aqui.

— Beleza — volto a desenhar o meu.

Em alguns minutos terminamos os três desenhos e decidimos começar de cima para baixo. Subimos até o último  andar e seguindo a lista do Naruto de circulação da casa, evitamos sermos vistos.

Aqui era o andar que menos tinha coisas, nada demais, estava exatamente igual na planta. No segundo andar também, de quarto a quarto tudo se mantinha a mesma coisa.

O problema é quando chegamos no primeiro, por algum motivo estava tudo fora de ordem, mesmo virando o papel de todas as maneiras possíveis nada mudava, continuava sem fazer o menor sentido.

— Eles podem ter feito uma reforma nesse andar — Naruto sugere — por isso está diferente.

— Mas no andar todo? aqui não tem nada que bata com o real.