5 - Plano

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Sasuke

— Já disse que amo quando quando você fala parecendo inteligente? — Naruto me olha com admiração, quase não resisto a vontade de agarrar ele agora mesmo.

— Eu não pareço, eu sou — brinco e recebo uma travesseirada na cara em resposta — ei!

Não consigo evitar ver uma oportunidade de ser filho da puta e não usufruir dela, é uma ótima sensação.

— Ta agora vamos ao que interessa, como a gente faz isso?

— Estava pensando em talvez passar um certo tempo na casa do meu avô, até descobrir onde ele guarda o testamento e depois ver o que fazer em seguida — digo mais sério — até porque isso levaria tempo e se eu ficasse entrando e saindo da casa dele toda hora, seria muito suspeito.

— Entendi, assim pelo menos ninguém desconfia.

— Agora só preciso saber por que motivo eu digo que preciso passar uma semana lá — deixo o travesseiro em um canto da cama e me sento ao lado do Naruto — minha mãe não é burra, ela sabe que eu não gosto nem de ir lá quem dirá passar dias.

— Você pode dizer que agora você pensou melhor e como seu vô está nas últimas você quer guardar boas memórias e se despedir dele.

— Isso não vai colar, todo mundo sabe que eu não sou sentimental assim e odeio aquele coroca.

— Então... finja que você é um filho rebelde e mal criado e aí espera sua mãe ficar brava e dizer que vai te mandar pra morar com seu vô como castigo — ele diz e eu o olho com o cenho franzido.

— Isso consegue ser pior que a outra ideia.

— Então tenha você a ideia — ele bufa cruzando os braços.

Faço como ele e me deito na cama olhando para o teto, cansei de pensar sobre isso, quero ele.

Ficamos um tempo em silêncio e assim que eu ia mudar de assunto ele me interrompe.

— Já sei! — ele ergue o corpo se apoiando nos cotovelos, então seu olhar se volta para mim com um sorriso confiante — Você pode falar que quer aprender mais sobre ser policial, mas com alguém que já sabe bem, não foi você que me disse que toda sua família ta no mesmo ramo?

— Mais ou menos, todos são policiais ou algo parecido, menos meu vô porque ele resolveu virar empresário num belo dia e alguns anos depois está aí, rico e cheio de empresas — digo — e também meu primo, que virou o oposto no caso, resolveu ser o cliente da família.

— Mas ele já foi policial um dia — ele relembra de quando contei sobre madara — ou seja, vão ser dois coelhos numa cajadada só, você aprende com alguém experiente e ainda consegue abertura pro plano.

— É faz sentido... até que não é má ideia.

— Eu disse, posso ser inteligente também — ele fica todo todo.

— Mais uma coisa, você vem comigo.

— Que? — seu brilho some.

— É lógico, acha que eu consigo sozinho? fora que se der certo, durante os momentos em que eu estiver com meu avô, vou distrair ele e você pode procurar.

Burguês na favela - sasunarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora