24 - Papel estranho

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Naruto

Fiquei meio sozinho enquanto o Sasuke estava fora, que falta fazem meus amigos nesses momentos. Como estava entediado, sai pela mansão vagando sem rumo.

Como já andei por todos os lados aqui, sei onde fica cada cômodo, portanto nada novo me surpreende. A não ser quando paro bem em frente ao escritório do Madara, sinto uma voz baixa falando na minha cabeça que eu deveria entrar.

Olho para os lados, ninguém no corredor... o Madara saiu... talvez eu nunca mais encontre uma oportunidade como essa de novo. Me lembro dos horários dos funcionários que eu anotei, eu tenho pouco tempo, mas mesmo assim vale a pena.

Entro de uma vez.

Era um escritório comum, do tipo que se vê em filmes com empresas. Fecho a porta para evitar problemas, tenho que focar esperto para me esconder caso alguém entre aqui de repente.

Sento na cadeira estofada dele, não consigo deixar de sorrir e coloco os pés na mesa com as mãos atrás da cabeça. Que luxo.

Se eu fosse o Madara passaria horas assim, apenas me sentindo chique. Respiro fundo e me levanto, tenho trabalho a fazer por aqui, infelizmente ainda sou pobre.

Decido começar pelas gavetas, geralmente elas que escondem mais segredos, mas é difícil procurar se você nem sabe exatamente o que quer achar.

Encontro alguns papéis meio inúteis pra mim agora, como contratos de empresas e coisas do banco, vou largando tudo em cima da mesa. Em seguida vou para a próxima gaveta, mais papeis idiotas, um grampeador, fita adesiva e... uma camisinha.

Atiro o negócio de volta na gaveta e fecho rapidamente, esfrego a mão na roupa para limpar, estava lacrada ainda mas mesmo assim quero evitar contato. Levanto minha bunda da cadeira calmamente, se ele guarda esse tipo de coisa aqui então quer dizer que ele faz coisas aqui.

Talvez eu tenha acabado de sentar onde ele pode ter sentado pelado. Tenho um arrepio de nojo, vou pro outro lado da sala continuar minha buscar por ali mesmo.

Não tem muita coisa por aqui, encontro apenas uma cômoda pequena com um vaso de flor gigantesco do lado, rico adora uma planta não é possível.

Abro a gavetinha do móvel, vejo canetas, bloquinhos de anotação, nada demais. Na outra a mesma coisa, mas quando ia fechar acabo notando algo diferente, o fundo parecia mais alto.

Abro as duas gavetas ao mesmo tempo e tento comprar os tamanhos, talvez eu esteja ficando louco já que a diferença é quase imperceptível ou pode ser que seja um móvel meio contemporâneo por isso é desigual, sei lá, rico tem essas pira.

Tento cutucar o fundo mais alto, ouço um som oco, talvez seja um fundo falso. Tiro todas as coisas de dentro e arranco a gaveta dali. Me sento no chão e começo a tentar abrir o fundo, das duas uma, ou tem uma chave ou ele só abre de um jeito não convencional.

Tento virar para baixo, bater pra cair, puxar a parte da frente da gaveta, girar o puxador e nada acontece, também não vejo nenhum buraco para que fosse possível colocar uma chave, talvez seja mesmo só coisa da minha cabeça.

Escuto um barulho do lado de fora, fico paralisado tentando não emitir som algum. Felizmente o barulho para e eu continuo, espero que tenha sido apenas alguém limpando e nada mais.

Suspiro, é melhor eu me mandar daqui logo antes que alguém me veja, estou rindo na cara do perigo. Me levanto e olho para a gaveta em minha mão, não queria sair de mãos vazias, essa pode ser uma oportunidade única...

Volto a mesa do Madara e procuro com pressa um estilete ou qualquer coisa pontuda, por fim encontro aquelas espátulas de tirar grampo do papel, talvez sirva.

Burguês na favela - sasunarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora