6 - Novos inimigos

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Naruto

— TODA VEZ QUE EU CHEGO EM CASA A BARATA DA VIZINHA TA NA MINHA CAMA — todos cantam juntos e repetem uma vez.

— ME DIZ KIBA O QUE CÊ VAI FAZER — apontamos para ele.

— Vou usar um pau pra me defender! — ele diz no ritmo da música.

— ELE VAI DAR UMA PAULADA NA BARATA DELA, ELE VAI DAR UMA PAULADA NA BARATA DELA.

Estamos todos em roda cantando e batendo as mãos no compasso da canção, revezando quem vai até o meio dançar. Como Kiba foi o próximo escolhido, ele se direciona para o centro da roda e começa a gingar como um profissional, em seguida puxa Hinata consigo e dançam juntos o final da musica até passarmos para outra pessoa.

Assim que cantamos com todos os nossos amigos, comemoramos e rimos ao fim. É um ótimo jeito de se iniciar uma segunda feira.

Estamos na antiga sede da Akatsuki, meio que nos apossamos do lugar quando eles foram presos e agora nos reunimos aqui de vez em quando, é um ótimo lugar para descontrair. Mas infelizmente não basta só isso para se tornar o dono da favela, precisamos conquistar o respeito dessas pessoas ou então não será possível ser o líder.

É lógico que o jeito mais fácil de fazer isso seria a partir da ditadura do medo, pegar uma arma apontar para o povo e dizer que agora lhe devem. Porém não é assim que queremos ser respeitados, esse tipo de poder trás revoltas e não lealdade verdadeira.

Então por isso vamos pelo caminho difícil, começar de baixo e escalar a hereditariedade imposta por aqui aos poucos. Se eu e o Sasuke ganharmos aquela grana toda mesmo, isso seria mil vezes mais rápido.

— Ai ai... — me jogo no sofá atrás de mim e descanso as costas.

Fecho os olhos e escuto apenas os burburinhos de conversa que se separam, a maioria aqui ou é desempregado, ou trabalha sobre demanda. E tem o Shikamaru também, ele faz beck de maconha de pulseirinha de missanga.

— E aí, qual é o esquema? — ele senta do meu lado, fumando um — ouvi dizer que tem gente nova na parada.

— São oito da manhã, que horror — ameaço tirar o fumo dele, mas Shika é mais rápido e desvia.

— Isso aqui, meu amigo — ele segura me mostrando — te leva ao infinito e além.

Apenas reviro os olhos, não vou tentar tirar ele dessa diversão terrível, nem adiantaria.

— Que gente nova? — volto ao assunto.

— Não sei exatamente quem são, mas fiquei sabendo que acabaram de chegar na favela e já querem sentar na janelinha.

Ele leva a erva até a boca novamente e eu desvio o olhar, pensativo sobre o assunto.

— Parece que vamos ter concorrência por aqui, espero que não sejam uns maromba por que aí dá pra tankar uma briga.

— Você vai brigar? — o olho encucado.

— Eu não — ele ri como se tivesse dito um absurdo — vou assistir só, sai fora.

— Arregão... — murmuro.

Ele apenas dá de ombros, não se importando com qualquer título que dê a ele.

— Já pensou no que vai fazer caso eles queiram o mesmo que nós?

— Não sabia da existência deles até dois minutos atrás, espera um pouco... — digo — mas tem certeza que eles querem comandar esse lugar? quem são esses caras?

— Não sei de nada além desses boatos, talvez sejam só fofoca mal contada, acontece o tempo todo.

— Espero que sim, já estamos cheios de problema, mais um era só o que me faltava — cruzo os braços.

Burguês na favela - sasunarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora