26 - Avenida

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Naruto

Acordo com muita preguiça, bocejando, esse foi um dos melhores sonos que já tive e pra melhorar a primeira coisa que eu vejo é o garoto mais lindo que já existiu, do meu lado.

— Bom dia flor do dia — digo.

Ele apenas se mexe e vira o rosto para o outro lado. Dou risada.

— Sasuke, virar a cara não vai fazer eu te ignorar.

— Hm — ele resmunga.

Subo em cima dele, o esmagando propositalmente.

— Acorda, olha o sol brilhando radiante.

— Hm.

Ele faz de novo e me empurra de volta para baixo. Não desisto, subo em cima dele novamente só que agora de barriga para baixo, o encarando até abrir os olhos.

— Sai daqui Naruto.

— Não, a gente tem muita coisa pra fazer — digo — a semana está quase acabando e a gente não progrediu nada. Chega de farra.

— E daí?

— E daí que o seu querido primo vai nos enfiar no porta mala dele e nos mandar pra Bolívia.

— Ah tudo bem, deve ser legal lá — ele murmura sem nem abrir os olhos.

— Que tudo bem o que — me ajeito em cima dele, me sentando em seu colo com uma perna em cada lado do seu corpo — já que não quer levantar, pelo menos me escuta, eu tava pensando e sabe aquela foto que eu te mostrei? eu acho que se a gente separar as três linhas talvez dê pra descobrir o que é.

— Hm.

— Mas aí que está o problema — reflito um pouco — você consegue transcrever o desenho da foto só olhando?

— Hm.

Ele tenta subir as mãos pra minha coxa, mas dou um tapinha impedindo. Não é hora.

— Olha, eu pensei em algumas possibilidades — falo contando nos dedos — uma estação subterrânea de metro, eles sempre usam essas linhas coloridas amontoadas... pode ser também fios de uma bomba, acha que seu vô poderia ter uma bomba aqui?

— Hm.

— Ou um tipo de código sei lá, não parece ser o morse, mas deve existir vários por aí.

— Hm.

— Vai ficar falando "hm" até quando!? — franzo a testa irritado — cê vai ver o hm daqui a pouco quando eu acertar sua cabeça com um martelo.

Ele não responde, apenas me puxa pra baixo e me abraça, virando de lado e jogando uma das pernas em cima de mim.

— Sasuke!

— O silêncio é uma dádiva — ele coloca um dedo delicadamente sobre a minha boca — shh...

Tenho que me segurar muito para não morder o dedo dele só de raiva.

Alguns minutos depois consigo obrigar ele a levantar, sei que são sete da manhã ainda, mas o tempo é precioso e não podemos desperdiçar agora.

Ficamos sentados nas cadeiras de praia do Madara próximas a piscina enquanto tentávamos redesenhar as linhas da imagem, só que separadas em três folhas diferentes.

Aqui é um lugar aberto onde qualquer um poderia simplesmente chegar e ver o que estamos fazendo, justamente por isso estamos aqui, só um idiota faria uma coisa dessas tão abertamente então ninguém vai vir checar.

— Achou alguma coisa? — Sasuke pergunta.

— Nada... só linhas meio retas demais pra um desenho — digo — ou seu vô tem mão de cirurgião ou um computador que fez.

Burguês na favela - sasunarusasuOnde histórias criam vida. Descubra agora